F1 2023, Análise às equipas: Alpine

Por a 10 Dezembro 2023 12:26

A Alpine terminou a temporada de 2023 no sexto posto do mundial de construtores, a pior classificação desde que a equipa deixou de ser designada Renault. Com uma dupla completamente francesa, a equipa somou dois pódios através do terceiro lugar de Esteban Ocon e Pierre Gasly no Mónaco e nos Países Baixos, respetivamente. Não foi, por isso, uma época positiva para a estrutura de Enstone, que além da reorganização interna levada a cabo a meio do ano, sofreu com a falta de fiabilidade do carro – principalmente no de Ocon – e ainda demonstrou ter défice significativo de potência na unidade motriz, com algumas fontes a apontarem para uma diferença entre os 20 e os 33 CV para os fornecedores adversários, números que fazem a diferença numa F1 cada vez mais competitiva e especialmente, no meio da tabela, onde as diferenças foram muito curtas. 

Em termos de pilotos, em certas alturas, Ocon esteve muito bem, como aconteceu quando foi um dos principais protagonistas no GP do Mónaco e com os bons desempenhos em Espanha, Canadá, Singapura, Arábia Saudita e Las Vegas. No entanto, foi mais irregular na segunda metade da época, permitindo a Pierre Gasly, o mais rápido dos dois franceses, brilhar mais, depois de se integrar na equipa e se ambientar ao A523. Ainda assim, a temporada de Ocon fica marcada também pelas desistência por falta de fiabilidade do carro, além dos abandonos de ambos os pilotos depois das colisões na Austrália e na Hungria, episódios que pesaram na equipa.

Orquestrando uma mudança na estrutura interna, a Alpine foi perdendo fôlego durante a temporada, enquanto a McLaren, que começou com piores desempenhos do que os franceses, foi subindo na classificação e apresentou melhores atualizações ao seu MCL60. Neste particular, os franceses também não foram muito felizes, uma vez que o ritmo não aumentou tanto assim durante a temporada, quando os novos componentes foram sendo introduzidos. 

Sem conseguirem alcançar as equipas da frente e longe dos últimos lugares, a Alpine ficou um pouco em terra de ninguém, com bons desempenhos de tempos a tempos, sem conseguir ser consistente durante a temporada. Terminou o ano com algumas decisões, em termos de estratégia de corrida, que beneficiaram Esteban Ocon, criando alguma tensão numa relação entre pilotos que não precisa de mais.

A Alpine tem que mostrar muito mais em 2024 para poder lutar pelo quarto posto do mundial de construtores, como aconteceu em 2022.

Nota AS: 6

Foto: Zak Mauger / LAT Images

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