F1 2023, Análise aos pilotos: Lewis Hamilton/George Russell

Por a 8 Dezembro 2023 19:18

Foi uma temporada de altos e baixos para a Mercedes, que terminou o ano sem qualquer vitória em corrida, o que não acontecia desde 2012. 

Repetindo a aposta no conceito da temporada passada, a Mercedes não foi competitiva para lutar por pódios nas primeiras provas deste ano, conseguindo apenas colocar Lewis Hamilton no terceiro lugar da classificação na dúbia corrida da Austrália, terceira prova do calendário. Depois disso, o britânico apenas voltou ao pódio passado quatro jornadas, desta vez com a companhia de George Russell no Grande Prémio de Espanha. 

Foi mais ou menos nessa altura que a Mercedes decidiu reverter a decisão de apostar num conceito de monolugar diferente de todas as outras equipas – sem flancos – para introduzir um extenso pacote de atualizações que deu outro visual ao carro, além de trazer mais ritmo competitivo. Ainda assim, a resolução dos problemas que o W14 apresentava, mesmo na versão B, só poderia ficar concluída com um novo carro e por isso, a equipa passou por algumas dificuldades em certos circuitos, uma vez que tinha um carro muito suscetível de mudanças de traçados. Ora funcionava bem, para pelo menos lutar pelo pódio, ora ficava atrás da Ferrari e McLaren. A equipa de Brackley teve uma reta final muito complicada, depois de ter perdido o segundo posto naquela que tinha sido a melhor corrida do ano, tendo sido desclassificado Lewis Hamilton no episódio do desgaste excessivo das pranchas do fundo.

Na luta pelo segundo lugar bateram a Ferrari, mas, como referimos na análise a Carlos Sainz e Charles Leclerc, os italianos somaram mais pontos desde a Bélgica do que a Mercedes. 

Lewis Hamilton tentou alcançar Sergio Pérez na discussão pelo vice-campeonato, mas com um carro que funcionava apenas em alguns circuitos, isso não foi possível. Foi o terceiro classificado, que acaba por ser um prémio de consolação para o britânico.

Fica com destaque a pole position na Hungria, a corrida em Austin e o segundo lugar – desta vez sem problemas no final da corrida – no México, mas Hamilton percebeu cedo que não tinha um carro competitivo, capaz de vencer. Apesar de terminar mais acima na classificação do que em 2022, ano de muita aprendizagem com o monolugar, acaba por ser um ano frustrante.

Pela negativa destaca-se o toque em Russell no GP do Catar. 

George Russell foi batido pelo seu companheiro de equipa e errou, em certas momentos da temporada, que foram prejudicando o seu desempenho. Não foi o George Russell que vimos na temporada de estreia a tempo inteiro na Mercedes, subindo ao pódio em apenas duas corridas. No final da temporada, possivelmente tentando remediar alguns dos desempenhos menos conseguidos, esteve mais sólido, mas sem conseguir resultados extraordinários. 

Nota AS

Lewis Hamilton, nota 8

George Russell, nota 6

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