Rali Vidreiro: Quem vai ‘reinar’ no asfalto?

Por a 7 Junho 2018 15:21

Acabou a terra, vem aí o asfalto. O CPR faz ‘reset’, resta saber quem vai surgir mais forte. Ao que tudo indica, equilíbrio não vai faltar…

Terminada que está a fase de terra do Campeonato de Portugal de Ralis, a caravana ruma agora às restantes cinco provas da competição, que se disputam todas em piso de asfalto, com o arranque a dar-se já amanhã na Marinha Grande. Veja AQUI o GUIA DA PROVA.

Se não tiver a possibilidade de ver ao vivo, pode sempre assistir à SUPER ESPECIAL do Rali Vidreiro EM DIRETO – CLIQUE AQUI a partir das 21h05.

Campeonato equilibrado

Depois de quatro provas em que os triunfos de dividiram entre dois pilotos, Ricardo Moura e Armindo Araújo, é deste último o comando do campeonato, posição a que chegou no recente Rali de Portugal, prova que venceu, a exemplo do que já tinha feito em Mortágua.

O piloto do Team Hyundai Portugal, lidera a competição com 11 pontos de avanço para Ricardo Moura, mas este só deverá disputar mais uma prova, possivelmente a Madeira, pelo que não ‘conta’ para… as contas, devendo ser já agora no Vidreiro que vai cair na classificação do campeonato. De qualquer forma, tendo participado em apenas duas provas é notável chegar aqui em segundo.

Terceiro lugar no campeonato para Miguel Barbosa, que fez dois segundos lugares, e teve aquele azar resultante da penalização da rotunda em Mortágua.

Carlos Vieira tem vindo a assegurar bons pontos na terra e é quarto, mas a mais de 20 pontos de Armindo Araújo.

Pedro Meireles é quarto, mas depois do bom segundo lugar em Mortágua, teve azar no Rali de Portugal, e terá ali perdido uma excelente oportunidade para se chegar mais à frente.

Ricardo Teodósio não tem conseguido as posições que pretendia, pois é também o piloto com menor experiência do carro que guia agora e isso tem-se refletido nas suas prestações.

Por fim, e para falar apenas dos pilotos que têm argumentos para lutar pelo título, temos José Pedro Fontes, cujos azares de Mortágua e Rali de Portugal o atiraram lá para trás nesta luta, sendo certo que a partir daqui ‘revigora’ os argumentos, pois entra num tipo de piso em que está mais à vontade.

Nova realidade

O facto de entrarmos agora nos ralis de asfalto vai fazer com que exista uma espécie de ‘reset’ no Campeonato de Portugal de Ralis, pois a correlação de forças que temos visto até aqui pode alterar-se. Não significativamente, mas certamente algo vai mudar.

Por exemplo, no Team Hyundai Portugal, Armindo Araújo regressa a um piso em que sempre foi forte, mas depois de tanto tempo fora, não se sabe como estará o seu ritmo competitivo. Os testes que realizou esta semana já lhe darão uma boa ideia, mas só quando começar a confrontar o cronómetro face aos seus adversários, perceberá melhor onde ‘está’: “o Hyundai i20 R5 deu-nos excelentes indicações e mostrou ser um carro muito rápido no asfalto. Apesar de já não competir em asfalto há muito tempo, as sensações foram também muito positivas e espero estar num bom ritmo face aos meus adversários. Tal como na primeira prova do ano, não tenho nenhum termo de comparação para conseguir perceber em que posição nos podemos situar e até ao início deste rali há, por isso, algumas incógnitas, mas vamos para o Rali Vidreiro procurar lutar pela vitoria”, disse.

Quanto a Miguel Barbosa, e depois de brilhar na fase de terra (azares à parte) fica por saber o que poderá andar no asfalto face à concorrência. quem pensar que vai andar menos do que na terra, em comparação, lembrem-se só que ninguém esperava a exibição que fez na terra em Fafe, portanto, agora no asfalto não é de descurar que tenha elevado significativamente o nível. Logo se verá: “Não nos foi possível preparar este novo ciclo da forma que desejaríamos pois o problema que nos afetou no derradeiro troço do Rali de Portugal implicou uma reparação mecânica mais prolongada e só fizemos os testes em asfalto, onde já não disputo uma prova há cerca de oito meses. Isso não impede, contudo, de nos mantermos muito motivados e focados no objetivo da luta pelo título e naturalmente também da vitória nesta prova”, disse Miguel Barbosa.

Carlos Vieira, outro piloto do Team Hyundai Portugal é quiçá, o que mais ‘agradeceu’ o fim da fase de terra do campeonato, e sabendo-se a sua melhor apetência natural para este piso, espera-se que o campeão em título surja ainda mais forte, e este é só mais um dos motivos pelo qual se espera um Rali Vidreiro muito interessante de seguir: “Os testes que realizámos deixaram as melhores indicações relativamente ao Hyundai i20 R5 oficial, pelo que estou naturalmente otimista, o meu objetivo é lutar pela vitória mas tenho consciência de que tenho adversários de grande valia a baterem-se pelos mesmos objetivos, pelo que será uma tarefa difícil”, disse Carlos Vieira.

Quanto a Pedro Meireles, o azar do Rali de Portugal complicou-lhe muito as contas do campeonato, pois tal como se viu o ano passado foi a sua consistência de bons resultados que lhe permitiram levar a luta pelo título até ao derradeiro metro do Rali do Algarve. Em teoria, há adversários mais rápidos que ele no asfalto, mas a teoria nem sempre se reflete na prática. Basta ver a sua prestação precisamente nesta prova, pois foi ele próprio que a venceu o ano passado. Só que este ano a concorrência é bem diferente…

De qualquer modo, esta prova do Clube Automóvel da Marinha Grande vai ‘dizer’ muito do que pode ser o resto da sua campanha, sendo certo, que na pior das hipóteses vai dar muita luta lá na frente.

Ricardo Teodósio vai ter agora no asfalto o mesmo tipo de problemas que já teve nas provas anteriores, pois o seu menor conhecimento do carro face aos adversários é um óbice que a este nível faz muita diferença: “Falta-me mais rodagem e talvez mais ‘coragem’ para as zonas rápidas. Preciso conhecer os meus limites, pois vai ser a primeira vez que estarei ao volante do Skoda neste tipo de pisos, mas ficámos muito agradados com os testes. Vamos também mudar as notas para este rali”, concluiu o piloto.

Por fim, e entre os pilotos que entendemos ainda podem ter uma palavra a dizer na luta pelo título está José Pedro Fontes, que vai correr pela última vez (espera-se) com o Citroën DS3 R5, carro que ainda é competitivo no asfalto e lhe vai permitir lutar na frente: “Vamos disputar o Rali Vidreiro com o DS3 R5, apostando no comprovado potencial de um modelo que já tem provas mais do que dadas nesse tipo de piso. O carro está no topo das especificações, sendo, por isso, um modelo bastante competitivo mesmo face às mais recentes máquinas que chegaram ao Campeonato de Portugal de Ralis”

Por tudo isto, resta esperar pelo desenrolar da prova do CAMG, sendo certo que se espera um rali muito equilibrado, ficando por saber várias coisas. Quem terá o carro melhor adequado às estradas desta prova, que têm duas zonas muito diferentes entre si. no fim do dia de amanhã, teremos uma luz face ao que poderá acontecer, mas sem dúvida será no sábado que tudo se decidirá. Se for como no ano passado, Pedro Meireles e Carlos Vieira estavam separados por 0.2s a dois troços do fim da prova.

Presentes com R5 na Marinha Grande estarão ainda Pedro Almeida/Nuno Almeida (Ford Fiesta R5); António Dias/Daniel Pereira (Skoda Fabia R5), Manuel Castro/Luis Costa (Hyundai I20 R5) um candidato aos lugares cimeiros, e por fim Paulo Caldeira/Ana Gonçalves Caldeira (Citroen DS3 R5).

Outros dois pilotos que podem ter uma forte palavra a dizer nesta prova são Vitor Pascoal e Adruzilo Lopes,, que correm nos seus habituais Porsche 997 GT3 RS RGT.

Nas duas rodas motrizes, estão igualmente presentes a fina flor das atuais duas rodas motrizes nacionais, Daniel Nunes, Gil Antunes, Paulo Neto e Pedro Antunes, devendo sair daqui o vencedor na Marinha Grande.

LISTA DE INSCRITOS CPR – CLIQUE AQUI

LISTA DE INSCRITOS CPCR – CLIQUE AQUI

LISTA DE INSCRITOS TFR – CLIQUE AQUI

LISTA DE INSCRITOS CCR – CLIQUE AQUI

Horário

Sexta-Feira, 8 de Junho

1. etapa

Assistência A – Marinha Grande – 15 Min 16:15

PE1 São Pedro de Moel 1 8.64 km 17:00

PE2 São Pedro de Moel 2 8.64 km 19:15

Assistência B – Marinha Grande – 15 Min 19:50

PE3 Super Especial 1.50 km 21:05

Assistência C – Marinha Grande – 45 Min 21:20

Sábado, 9 de Junho

2. etapa

Assistência D – Marinha Grande – 15 Min 9. 6. 08:50

PE4 Pinhal do Rei 1 12.98 km 09:40

PE5 Mata Mourisca 1 15.37 km 10:45

PE6 Assanha da Paz 1 10.87 km 11:25

PE7 Pinhal do Rei 2 12.98 km 12:40

Assistência E – Marinha Grande – 30 Min 13:40

PE8 Mata Mourisca 2 15.37 km 14:50

PE9 Assanha da Paz 2 10.87 km 15:30

PE10 Pinhal do Rei 3 12.98 km 16:45

Assistência F – Marinha Grande – 10 Min 17:25

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