WEC: Devermos ter 19 Hypercars e 18 LMGT3 na grelha de 2024

Por a 7 Novembro 2023 15:16

A vontade do ACO de aumentar a grelha do WEC ainda não será cumprida e para a próxima época, devermos ter 19 Hypercars e 18 LMGT3 em pista.

A nova era do endurance, cujos primeiros capítulos começaram a ser escritos em 2021, ganha ainda mais força. As 8h do Bahrein foram o fim dos LMGTE e dos LMP2, que durante muito tempo foram os principais animadores das corridas de longa duração e em 2024 começa em força a nova era imaginada, com a entrada de mais Hypercars e a estreia dos LMGT3.

O diretor do WEC, Frederic Lequien, afirmou que os 37 carros são “o número certo. Mas o objetivo é aumentar a grelha em 2025”, afirmou, citado pelo autosport.com. A FIA e a ACO chegaram a 37 carros porque este é o número de boxes disponíveis nas rondas de Imola e Austin, em abril e setembro, respetivamente.

Assim, a limitação de carros na grelha está ligada ao espaço disponível em alguns dos palcos que recebem a caravana do WEC. A questão está nos reabastecimentos. Cada box precisa de um sistema de reabastecimento e, mesmo no caso de ser a mesma equipa a estar instalada em duas boxes contíguas, necessita de dois sistemas de reabastecimento, por uma questão de justiça desportiva.

Assim, poderemos ter 19 Hypercars em pista na época 2024. Devermos ter dois carros por parte da Toyota, Ferrari, Porsche, Peugeot, um Vanwall, um Cadillac. A Glickenhaus abandonou o projeto Hypercar por falta de meios e não estará presente na grelha. As novidades serão a presença da BMW, da Lamborghini e a Alpine, todas com dois carros cada. Falta ainda Isotta Fraschini e as privadas Hertz Team Jota e a Proton. A Hertz team JOTA pondera ter uma operação com dois carros, a Proton também espera mais dois carros da Porsche (um para o IMSA e outro para o WEC) e a Ferrari poderá querer fornecer uma equipa privada com o seu 499P, pelo que esta configuração poderá mudar, com as vagas dos LMGT3 a sofrerem com isso.

Quanto aos LMGT3 poderemos ter sete marcas representadas. O alinhamento não está definido, mas poderá contar com Ferrari, Porsche, BMW, Aston Martin, Chevrolet, Lexus, Lamborghini. No entanto, apenas as marcas representadas no WEC, poderão correr no ELMS. Ou seja, poderá haver uma limitação para equipas que queiram correr no ELMS com marcas que não estão representadas no WEC. Segundo Pierre Fillon, presidente do ACO ” se a marca estiver envolvida no WEC [então está tudo bem]. Mas se a McLaren não estiver no WEC, não pode estar no ELMS [ou em Le Mans]”.

Assim, equipas privadas que tenham investido em marcas como Audi, Ford, McLaren e Mercedes-AMG poderão estar em risco de não correr no WEC ou ELMS por representarem marcas que não estão incluídas. Ainda faltam definir muito da grelha para a próxima época, mas está garantido que teremos 37 carros em pista e poderemos ver interessados a ficarem de fora. Mesmo para Le Mans, o ACO vai aceitar apenas marcas que estejam nas competições WEC/ELMS para garantir um BoP justo e equilibrado.

São onze marcas fortes representadas, mais a Vanwall e a Isotta Fraschini, um cenário impensável ainda no arranque de era Hypercar.

Foto: José Bispo

Subscribe
Notify of
2 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
alpuim.botelho
alpuim.botelho
5 meses atrás

Porque não fazem das 24 h LeMans uma corrida à parte e sem contar para os campeonatos, pois uma vitória em LeMans é sempre um Must ?

Scirocco
Scirocco
5 meses atrás

É tempo do AS ter um ´”folder” próprio para o WEC. Pôr este campeonato misturado com as provas nacionais de pericia e afins parece-me algo descabido. A sua importância, as marcas envolvidas e o seu impacto (até com pilotos Portugueses)já o mereciam. Da mesma maneira a Fórmula E tambem deveria seguir pelo mesmo caminho. Vejam o exemplo do autosport.com que permite ao leitor agrupar as noticias por tipo de campeonato

últimas Autosport Exclusivo
últimas Autosport
autosport-exclusivo
últimas Automais
autosport-exclusivo
Ativar notificações? Sim Não, obrigado