TCR Europe: Falta de apoios tira Mora de Assen

Nem a excelente prestação do português na ronda húngara não evitou que Francisco Mora ficasse de fora desta ronda do TCR Europe.

Francisco Mora foi um dos grandes destaques da última jornada do TCR Europe.  O piloto português venceu a sua primeira prova no europeu de turismos, depois de ter evidenciado um excelente andamento até então. Foi o culminar de um processo evolutivo que começou em Paul Ricard, no início de Maio.

O piloto português foi um dos grandes nomes do campeonato nacional nas últimas duas épocas, em que se sagrou bi-campeão. Sem mais nada a provar em território nacional, apontou para uma competição internacional de grande nível para se mostrar ao mundo. Os TCR continuaram a ser aposta, ingressando na M1RA, equipa de Norbert Michelisz, com o competitivo Hyundai i30N TCR, máquina com que iria enfrentar a grande concorrência do  TCR Europe, que conseguiu reunir uma lista notável de pilotos. As primeiras impressões foram muito boas e Mora conseguiu andar ao ritmo dos melhores, mas as evoluções no Balance of Performance foram castigando cada vez mais o carro coreano que deixou de ter argumentos para lutar contra a forte concorrência. Na Hungria, o BoP  dos Hyundai foi aliviado e Mora não deixou escapar a oportunidade de inscrever o seu nome na lista de vencedores.

Esperava-se que o primeiro lugar conquistado abrisse mais portas, mas infelizmente não foi ainda o caso. É notícia hoje que o piloto português não estará presente na ronda holandesa do TCR Europe. Em declarações ao AutoSport, Mora justificou a falta de comparência com a falta de apoios que resultou na falta de verba necessária. O piloto afirmou que gostaria de dar continuidade ao bom momento, mas infelizmente a falta de apoios impediu que tal acontecesse. É ainda incerto se Mora irá voltar ao TCR Europe este ano.

Mais uma vez a falta de apoios surge como um entrave ao talento nacional. Mora é mais um exemplo do que é a realidade portuguesa, onde não faltam pilotos de grande qualidade, que infelizmente são obrigados a deixar projectos a meio ao até mesmo nem participar em competições onde teriam  todas as condições para fazer frente aos melhores, por não haver uma maior aposta no desporto motorizado nacional.