Iberian Historic Endurance, 3 Horas de Spa: Vitória histórica de Gomes/Claridge

Por a 25 Junho 2017 09:58

Quem esteve no circuito de Spa-Francorchamps neste sábado voltou a assistir a um momento histórico. Na corrida de três horas do Iberian Historic Endurance, Gonçalo Gomes e James Claridge estrearam o Lotus 47 e venceram. Se o feito só por si já era assinalável, o facto do triunfo ter sido assegurado com uma margem pequeníssima para os segundos classificados, tornou-o ainda mais especial.

A edição de 2017 das 3 Horas de Spa vai ficar para a história. A corrida que revive da melhor forma o espírito das competições de resistência que eternizaram provas como as 24 Horas de Le Mans teve contornos épicos. Realizada ao fim da tarde, para que pilotos, equipas e público pudessem experienciar o que é uma prova com diferentes condições de luminosidade na pista, o que se torna num desafio adicional para quem pilota, a corrida recebeu mais de oito dezenas de automóveis que definem parte da história do desporto automóvel mundial.

A sessão de qualificação deixou bem evidente que os poderosos Ford GT40 seriam fortes candidatos ao triunfo. Mas depois das surpresas anteriores, Diogo Ferrão, da organização, antecipava que tudo podia acontecer nas três horas de corrida. Foi isso mesmo que aconteceu. Para dar continuidade ao domínio britânico, plasmado no triunfo do TVR Griffith dos pilotos ingleses Whitaker/Reuben, o português Gonçalo Gomes e o britânico James Claridge juntaram esforços e decidiram estrear um Lotus 47. Para as suas ambições, em boa hora o fizeram. Porque chegaram, viram e venceram. A equipa não só se apresentou em competição com este exemplar da marca de Hethel como venceu.

Foi um triunfo suado. A primeira parte da corrida foi superiormente controlada por Nolte/Funke e por Sautter/Newall. Mas as formações dos Ford GT40 não foram capazes de manter a consistência até final. A dupla germânica que liderava perdeu o comando após segunda paragem para reabastecimento. Antes disso, já a segunda tinha sentido problemas no seu carro, enquanto o TVR Griffith 400 dos ingleses Brooks/Brooks/Fleming, que andava entre os primeiros, desistiu. O Bizarrini de Ferrão/Szczygiel também se atrasou quando perdeu o capot. Sem problemas e muito consistentes, Gomes e Claridge subiram um lugar atrás do outro e acabaram memos por assumir a liderança. A partir daí tiveram de manter os níveis de velocidade e concentração muito elevados. A comprovar isso está a pequena margem que separou os dois primeiros. Foram menos de sete segundos, o que numa corrida com a duração de três horas é praticamente insignificante. O final de corrida foi cheio de frisso. O Ford GT40 da equipa alemã recuperou tempo a cada volta concluída e as equipas mantiveram-se expectantes até à bandeirada de xadrez para perceber se o piloto profissional conseguia recuperar o tempo perdido.

Gomes e Claridge asseguraram o triunfo entre os H71, enquanto Nolte e Funke ganharam nos H65 com mais de 2000cc. As estruturas inglesas estiveram em bom plano, como é o caso da equipa do Ford Escort RS 1600 pilotado por Christoforou e por Sanders. Terminou num hipotético quarto lugar à geral e assegurou a vitória entre os H76. Destaque, também, para as formações lusas. Barbot e Matos não só foram os sextos melhores no momento da bandeirada de xadrez como conquistaram mais um triunfo entre os H65 até 2000cc com o Lotus Elan 26R.

Para Diogo Ferrão, as corridas do Historic Endurance estão cada vez mais emocionantes e a de Spa foi uma das melhores desde que a competição foi criada. “Não se pode pedir muito mais quando assistimos ao preenchimento de uma grelha de partida com mais de 80 automóveis, muitos deles com um valor incalculável. Depois disso, acompanhar o desenrolar de uma prova com três horas de duração e ver os dois primeiros terminarem separados por pouco mais do que seis segundos é indescritível. Isto mostra que numa corrida de resistência com vários pilotos e diferentes estratégias de reabastecimento tudo pode mesmo acontecer. Além disso, destaco o facto de haver mais um novo vencedor entre os H71, o que contribui para a competitividade, mas, acima de tudo, para a riqueza e variedade do Historic Endurance”, afirmou.

 

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