WRC, Thierry Neuville: “por vezes senti-me um pouco impotente”

Por a 23 Janeiro 2023 12:15

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1) começaram o ano com um terceiro lugar.

Thierry, como resumes este rali?

“Não tenho a certeza. Por um lado, penso que devemos estar satisfeitos com o [pódio], com o resultado final, porque vimos muito cedo no rali que parecia não conseguirmos acompanhar o ritmo da Toyota. E apesar de termos tentado, nunca fomos capazes de registar bons tempos. Ficávamos quase sempre um par de segundos atrás, perdendo constantemente tempo. Mesmo na sexta-feira de manhã sabíamos que, sim, a estratégia diferente dos pneus poderia resultar, esperávamos um melhor regresso no sábado à tarde, e começámos então a definir tempos mais rápidos, devido a pneus melhores.

Mas não durou muito tempo, e no último dia com todos em condições semelhantes, por vezes senti-me um pouco impotente.

Mas no final, parece um pouco a nossa própria culpa, como equipa juntos provavelmente não esperávamos as condições tão secas e preparamo-nos mais para um Monte Carlo, como normalmente se tem, com o carro mais macio, afinações mais suaves, e no final não resultou.”

Apanhaste um susto no último dia, mas tiveste sorte que não havia nada no exterior do gancho. Deves ter ficado com o coração na boca quando isso aconteceu?

“Sim, foi um momento realmente estranho. Foi a primeira travagem depois da partida, e eu tinha feito algumas mudanças de afinação durante a noite, só para tentar ver se podíamos ganhar algum desempenho. E era como uma zona onde se chegava muito depressa e antes da travagem o carro já estava a fugir imenso de frente. E eu pensei, que se já estava a subvirar assim, fiquei um pouco ‘stressado’ e zangado ao dizer “oh, vai ser assim todo o troço, vou estar na merda”. E esqueci-me completamente da minha travagem para o gancho, não estava suficientemente concentrado, mas felizmente safámo-nos.

E sim, a partir daí lixei os pneus logo no primeiro troço e tive de me desenrascar durante todo o resto do dia.

Como te sentes agora antes da próxima prova?

“Virar um resultado destes é sempre muito difícil. Esta é sempre uma competição renhida, vai ser uma competição renhida em cada prova. Vimos que a vantagem esteve com a Toyota este fim-de-semana, mas a diferença não foi assim tão grande. Mas foi suficientemente grande para eles se afastarem. Não sei o que vamos ver na Suécia.

O nosso alvo claro é estar no ritmo, e se possível ter uma pequena vantagem, o que seria agradável. E a partir daí dar o nosso melhor. Como o Kalle também mencionou, a posição na estrada vai ser importante, pelo que esperamos ter algumas boas condições, condições iguais, que seriam mais divertidas. Mas o próximo rali é apenas dentro de algumas semanas, e até lá temos de fazer um bom trabalho”.

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