WRC: Sébastien Ogier vence Rali da Turquia

Por a 15 Setembro 2019 12:20

Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Citroen C3 WRC) asseguraram na Turquia a sua terceira vitória do ano, depois de um rali em que aproveitaram bem as circunstâncias da prova para chegar a um triunfo que, provavelmente, ansiavam, mas não confiavam a 100% que pudesse acontecer.

Com este resultado, aliado à fraca pontuação de Ott Tanak, o campeonato ‘abre-se’ bem mais, numa altura em que faltam três provas para o fim.

É a sua 47ª vitória no WRC. Precisava mesmo disto, teve-o. Teve azar na Alemanha, redimiu-se aqui.

Segunda posição para Esapekka Lappi/Janne Ferm (Citroen C3 WRC), que repetem os segundos lugares da Suécia e da Finlândia. A dupla finlandesa aproveitou da melhor forma a posição na estrada, no primeiro dia, para se posicionarem bem, fugiram das armadilhas e de repente viram-se numa excelente posição para alcançar este resultado. Ainda passaram pela liderança, mas com Ogier a trás, ninguém pensou, sequer por um minuto, que seria Lappi a vencer.

O pódio ficou completo com Andreas Mikkelsen/Andres Jaeger (Hyundai i20 WRC), que assegura o terceiro pódio do ano, estando cada vez mais na luta para ser o ‘melhor dos outros’.

Sébastien Ogier começou o rali de forma cautelosa, sabendo dos riscos que corria, essa estratégia valeu-lhe um mínimo de problemas, chegando ao fim do primeiro dia no 2º lugar a 17.7s de Lappi, num grande luta com Thierry Neuville. Objetivou fugir de problemas, e com tudo o foi sucedendo com os adversários, a meio do segundo dia já era certo que seria um Citroën a vencer, e logicamente, o seu, por motivos óbvios para todos, pois é ele que luta pelo campeonato.

Não teve problemas técnicos de qualquer tipo no C3 WRC, arriscou um pouco nos pneus, mas acertou, pois ninguém tem mais experiência para fazer essa gestão.

Esapekka Lappi/Janne Ferm (Citroen C3 WRC) teve um grande primeiro dia e chancelou logo aí o seu bom resultado, pois a partir de determinada altura deixou de lutar com quem quer que fosse, tendo ‘apenas’ que evitar problemas, o que fez de forma perfeita. Teve uma abordagem inteligente à prova e foi capaz de encontrar o ritmo certo. As especiais lentas e técnicas não são o seu terreno favorito, pelo que a sua performance ainda é mais significativa.

Manter-se longe de problemas foi o seu grande feito e o único erro que cometeu foi quando perdeu o 1º lugar para os seus companheiros de equipa, depois de ter deixado o motor ir abaixo na PE12. A sua prestação é ainda mais valorizada quando se sabe que desistiu cedo na prova do ano passado e por isso perdeu experiência decisiva nesta prova. Outra coisa que fica clara nesta prova é a competitividade do C3 WRC neste tipo de superfície.

Andreas Mikkelsen/Andres Jaeger (Hyundai i20 WRC) foi outra dupla que fez uma prova muito inteligente. Foi sempre rápido nas primeiras passagens, não tanto nas segundas, devido a ‘usar’ demasiado os pneus. Na PE6 teve grandes dificuldades com os pneus, se tem saído daí melhor, poderia ter alcançado ainda um melhor resultado não deixando os Citroën tão à vontade. Cometeu um pequeno erro na PE8, devido ao pó, tirando isso esteve quase perfeito.

Teemu Suninen/Jarmo Lethinen (Ford Fiesta WRC) terminaram num belo quarto lugar, repetindo a posição de Portugal, naquele que é o seu segundo melhor resultado do ano ex-aqueo, depois do segundo lugar na Sardenha. Continua muito irregular, mas desta feita esteve bem.

Está a aprender o que é ser rápido e cuidadoso ao mesmo tempo. Ainda assim, ainda arrancou algumas peças aerodinâmicas, com o seu bonito andamento. De resto, não deu luta a Mikkelsen pelo pódio, preferindo assegurar o resultado.

Dani Sordo/Carlos Del Barrio (Hyundai i20 WRC) foram quintos, e depois do furo no primeiro dia, objetivou manter os Toyota atrás, o que conseguiu, o que é importante para o campeonato de Construtores. Logo no primeiro dia perdeu 40s com o furo, começou mal, mas acabou bem, repetindo o quinto lugar da Alemanha.

Jari-Matti Latvala/Miikka Anttila (Toyota Yaris WRC) começaram bem, mas na PE5 perderam o para choques traseiro, e com o barulho dentro do carro, desconcentrou-se e furou. Era 3º, caiu para 8º. Game Over! Conseguiu ainda subir para 6º, mas o seu estilo de pilotagem ‘torra’ depressa os pneus.

Kris Meeke/Sebastien Marshall (Toyota Yaris WRC) foi o primeiro a baquear na Toyota com um pião que o fez atrasar-se, teve sempre muitos problemas com os pneus, mas o seu desconhecimento da prova foi um problema. Uma saída de estrada piorou tudo ainda mais. Com o abandono de Tanak, foi cauteloso e levou o carro até ao fim em sétimo. Fora o pódio na Alemanha, na terra mostrou bom andamento em muitas provas, mas poucos resultados, que é o que verdadeiramente interessa. Esta foi mais uma nesse registo.

Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul (Hyundai i20 WRC) terão comprometido aqui definitivamente o seu campeonato. O belga chegou ao final do 1º dia em terceiro, apenas a 0.7s de Ogier, mas na primeira especial do 2º dia, o pó, uma curva lenta e uma pedra atiraram-no para o nono lugar da geral a 4m40.5s do líder do rali. Terá sido este o seu momento-chave, em que se ‘despediu’ da possível conquista do título. Terminou em oitavo.

Mais informação dentro de momentos.

Pontus

Tidemand/Ola Floene (Ford Fiesta WRC) foi nono, depois duma prova em

que, objetivamente, pouco mais podia fazer face à experiência que

tem com um World Rally Car. “Foi bom aprender”, disse. Depois

destes anos todos a tentar o WRC ainda falar da palavra aprender é

um pouco estranho, mas a verdade é que tem apenas seis ralis no WRC,

apesar de somar 48 provas a maioria foram, como se sabe com R2 e R5.

Por isso é difícil pedir mais.

Furou

no primeiro troço, de resto teve um rali limpo.

Ott

Tanak/Martin Jarveoja (Toyota Yaris WRC) foi um dos grandes azarados

do rali já que parou na ligação para a PE9 com um problema

elétrico (falha da ECU) no seu Toyota Yaris WRC, que entrou em modo

de segurança. Bom resultado nesta prova ficou de imediato fora de

causa. Venceu a PowerStage e atenuou as perdas.

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