WRC: Saem Córsega, Espanha e Austrália, entram Quénia, Japão e Nova Zelândia

Já está definido o calendário do Mundial de Ralis de 2020 e apesar de não termos esperado desagradáveis surpresas a este nível, o Rali de Portugal está confirmado no calendário de 2020, com a prova a realizar-se entre 21 e 24 de maio.

As grandes novidades passam pela entrada de três novas provas, Japão, Quénia e Nova Zelândia, que desta forma regressam ao Campeonato do Mundo de Ralis, num calendário em que são retiradas duas provas da Europa (Córsega e Espanha/Catalunha), para entrar uma em África e outra na Ásia. A entrada da Nova Zelândia é uma troca direta com a Austrália. Dez anos depois da sua última inclusão no WRC, está de regresso o Rali do Japão, naquela que é a primeira aparição da Ásia no calendário do WRC desde essa altura. Com a inclusão do icónico Rali Safari, significa que o WRC regressa a África, pela primeira vez desde 2002.

Pela primeira vez na história do WRC, são incluídos cinco continentes – Europa, América do Norte e do Sul, Ásia, África e Australásia, nos 48 anos de história da competição. Desde 1999 que a África e a Ásia não apareciam lado a lado na lista: “Não é segredo que queríamos globalizar ainda mais a competição, incorporando mais eventos fora da Europa, e conseguimos isso no próximo ano com este novo calendário”, disse Oliver Ciesla, diretor administrativo do Promotor do WRC, que detém os direitos comerciais do campeonato.

Todos os três países foram confirmados num calendário de 14 rondas aprovado pela FIA, a entidade máxima do desporto automóvel mundial. A promoção segue-se à introdução de uma segunda prova sul-americana, com a entrada do Rali do Chile este ano.

Claramente, estes novos eventos, Quénia, Japão e Nova Zelândia, acrescentam história e tradição ao calendário do Mundial de Ralis.

Quanto ao Japão, ao contrário das edições anteriores do rali, que foram realizadas na ilha de Hokkaido, no norte do país, o evento de 2020 será baseado em Nagoya, na principal ilha do país, Honshu. Uma zona a cerca de três horas de carro da capital, Tóquio. Será uma prova de asfalto e vai encerrar o campeonato entre 19 a 22 de novembro.

O Safari foi durante muito tempo o grande desafio para homens de máquinas no WRC, com os carros a terem que ser especialmente preparados para a dureza da prova. Ralis em estrada aberta, tempo imprevisível, e um percurso três vezes mais longo que os restantes ralis. Tudo isto gerou uma enorme fama para a prova, palco de acontecimentos incríveis. Evoluiu para ter lugar no WRC dos dias de hoje, mas seu caráter permanece, com estradas de terra difíceis e desafiadoras, um cenário soberbo de foto de postal, e claro, a vida selvagem exótica. O evento na África Oriental será a oitava prova do campeonato e realiza-se entre os dias 16 e 19 de julho.

O Rali da Nova Zelândia regressa após um hiato de sete anos, nos dias 3 a 6 de setembro. A pitoresca cidade costeira da Ilha do Norte, Auckland, receberá a 10ª etapa, a 33ª vez que o WRC visitará o país. Se o Rali da Austrália era bom, esperam pelas magníficas estradas da Nova Zelândia, propícias para a melhor derrapagem artística…

Oliver Ciesla descreve o calendário como um ‘passo significativo’ no crescimento da WRC: “O regresso do Japão e do Quénia proporciona uma presença nos dois maiores continentes do mundo, pela primeira vez em mais de duas décadas. A última vez que a Ásia e a África apareceram juntas no WRC foi em 1999.

Os dois continentes são enormes mercados para o WRC e agradeço a todos os envolvidos dos dois países, e da FIA, que têm sido fundamentais para o regresso das provas ao calendário para 2020.

A Nova Zelândia não requer nenhuma apresentação. Tem uma longa e bem sucedida história no WRC e o regresso das suas estradas suaves de mesa de bilhar inclinada, perto de Auckland, será um dos destaques do ano”, acrescentou.

De resto, o campeonato de 2020 começa com o tradicional Rali de Monte Carlo, nos Alpes franceses. Será seguido pelo Rali da Suécia, a único prova verdadeiramente de inverno da série. O foco mudará para as Américas nos meses seguintes com três países de língua espanhola. México, Chile e Argentina realizam-se entre meados de março e início de maio. Os dois últimos serão executados em ordem inversa a 2019, com o Chile ocorrendo duas semanas antes da ação atravessar as montanhas dos Andes, na Argentina.

Depois, o regresso à Europa, com as provas de Portugal, em maio, Itália, em junho, completando-se assim a metade inicial da temporada.

O Quénia abre a segunda metade, em julho, antes de mais provas de terra na Finlândia, Nova Zelândia e Turquia, em agosto e setembro.

A Alemanha marca a primeira prova de asfalto puro do ano, antes do último evento de terra batida, na Grã-Bretanha, que volta ao calendário para se tornar a penúltima prova. A temporada termina com outro evento de asfalto, o Japão: “Este é o calendário WRC mais variado de sempre em termos de localização geográfica, visitando cinco dos seis continentes do mundo”, acrescentou Ciesla. “As adições proporcionam uma nova sensação refrescante à nossa lista de provas e abrem um novo e emocionante capítulo para o campeonato, um capítulo que atrairá tanto as equipas quanto os adeptos”, disse.