WRC, Rali Monte Carlo: Dois Toyota na frente, mas Tanak está por perto…

Por a 22 Janeiro 2021 16:45

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) chegam ao final do segundo dia do Rali de Monte Carlo 7.4s na frente de Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC). Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 Coupé WRC) são terceiro, a 25.3s dos líderes.

Foi interessante este primeiro ‘verdadeiro’ dia de Rali de Monte Carlo. Depois de Ott Tanak ter chegado ao final do dia de ontem com 3.3s de avanço para Kalle Rovanpera, o jovem finlandês da Toyota foi o primeiro vencedor de hoje, passando para a frente do rali. Depois foi a vez de Sébastien Ogier atacar, chegando à liderança na quarta especial, mas um furo e um pião fizeram-no perder mais de 30 segundos. Elfyn Evans foi para a frente do rali, Ogier recuperou muito tempo, mas no fim do dia é o vice-campeão de 2020 que está na frente com 7.4s de avanço para o seu colega de equipa francês. Tanak apanhou um valente susto, quase saindo de estrada, mas terminou o dai ainda a uma distância recuperável para o líder, 25.3s.

O primeiro a baquear hoje foi Ott Tänak, que caiu para o quarto lugar depois de ter sido demasiado cauteloso no primeiro troço do dia. Havia gelo na estrada e o estónio preferiu não arriscar. O novo líder do rali passou a ser Lalle Rovanperä, mas depressa de lá saiu, também por causa de uma penalização de 10s por ter entrado tardiamente no controlo de tempo do início da PE4. Ogier foi para a frente, mas na PE6 fez um pião e depois furou, perdendo mais de trinta segundos, caindo para o terceiro lugar. Ogier entrou para o troço final de hoje a 23.4s de Evans, mas atacou e conseguiu recuperar 16s, ficando apenas a 7.4s.

Um bom dia de rali para Elfyn Evans, que como sempre, apesar de ter ganho apenas uma especial, face por exemplo à quatro de Ogier, é ele que lidera. Consistente, não brilha demais, mas também não se ofusca muito. Para já a estratégia permite-lhe liderar a prova, foi assim quem quase foi campeão o ano passado. Não correu riscos desnecessários, mas admite que “fui demasiado cuidadoso em algumas zonas” disse.

Na sexta especial, Ogier foi traído por excesso de confiança e nas estradas e condições que bem conhece, foi ele o grande ‘sofredor’ da PE6, quando fez dois piões e furou, perdendo 34.7s. Podai ter estragado o rali, mas arriscou no último torço do dia e recuperou grande parte do que tinha perdido. Fez com muita chuva o que ninguém conseguiu igualar, com bem menos água a cair, num troço em que bateu Neuville por 14.0s, Evans, 16.0s e Tänak, 20.9s. Já com menos chva, Dani Sordo conseguiu ser segundo a 1.3s, Rovanperä terceiro a 3.3s e Katsuta Takamoto foi mais rápido que Neuville, Evans e Tanak. Por aqui se percebe como diminuiu a chuva.

Tänak teve várias ‘crises’, problema com o turbo na saída dos ganchos e por fim um pára-brisas errático: “o mesmo problema de Monza” disse, queixando-se da visibilidade. Kalle Rovanperä caiu para quinto quando cometeu um erro que ainda lhe vai sucedendo: saiu de estrada logo após 600 metros de troços, numa desatenção. Voltou à estrada mas perdeu 30s e está a 53.1s de Evans.

Thierry Neuville está logo a seguir a 59.1s da frente. Num rali que não é fácil, estrear um novo navegador só acrescenta dificuldade. Está seis segundos atrás de Rovanperä, e não pode estar ainda a 100% porque a este nível qualquer pormenor faz diferença e depois de tantos anos com Nicolas Gilsoul, a nova dupla precisa de tempo: “Foi um dia agradável para nós, o Martijn tem feito um trabalho incrível e eu também estou cada vez mais confiante”. Seja como for, já começa a ficar longe de repetir o triunfo do ano passado.

Dani Sordo e Carlos del Barrio (Hyundai) são sextos a 1m49.6s. O último Rali de Monte Carlo que fez foi há três anos e mesmo esse desistiu na nona especial devido a acidente. Não há milagres. O espanhol não entrou muito bem no rali e ao cabo de cinco troços estava minuto e meio atrás de Rovanpera, quando tem muito mais experiência do Monte Carlo que o jovem finlandês. Tinha que estar não mais à frente, mas pelo menos mais perto. Ainda assim, esteve bem mais forte nesta última ronda onde ofi quarto e segundos nos dois troços realizados. Está a 50,5s de Neuville.

Grande rali estão a fazer Andreas Mikkelsen/Ola Floene (Toksport Škoda), são os melhores do WRC2 e sétimos da geral. Terminarao o dia de ontem 8.9s na frente de Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (M-Sport Ford), que são nonos da geral, mas hoje já estão 47.1s na frente da dupla francesa. Está a tirar tudo o que o Skoda tem, só é pena que depois de tantas oportunidades no WRC esteja a recomeçar lá de trás novamente. Quanto a Fourmaux, está a fazer o rali esperado. Terceiro lugar no WRC 2 para Eric Camilli e para a Sports & You. O francês que já foi piloto oficial da Ford – e que venceu o Monte Carlo o ano passado na sua categoria – está a acusar um pouco o tempo em que já não corre (desde a Sardenha do ano passado), e já está a dois minutos da frente.

Pierre-Louis Loubet tornou-se no segundo piloto a abandonar entre os WRC, ao bater na PE7 depois do seu Hyundai i20 WRC sair em frente numa travagem. Bateu forte numa rocha e danificou bem o carro. Até aí estava a ser cuidadoso, mas estrear-se no Rali de Monte Carlo e logo com um WRC, foi demais para o jovem francês. Já se percebeu que pode ter futuro mas ainda tem muito para evoluir.

Takamoto Katsuta já vai no seu terceiro Monte Carlo, o segundo de Toyota Yaris WRC e por isso em sete troços não pode perder três para um R5, mesmo que seja conduzido por Andreas Mikkelsen. É verdade que o japonês olha para os WRC e foi isso que o levou a fazer dois piões logo no primeiro dia, por exemplo, mas começou o rali sem confiança e só nestes últimos troços já esteve ao nível que o vemos fazer, a espaços. A Toyota tem todo o interesse de querer um piloto japonês a singrar, mas temos que esperar para ver o que consegue. Não esquecemos que é ainda somente o seu sétimo rali de WRC, mas já desde 2016 que anda a ser preparado para o ‘sítio’ onde está agora. É ainda muito irregular:

“Quero mostrar o que posso fazer, mas ainda me falta alguma confiança para poder forçar mais o andamento. Tenho que terminar este rali e obter a experiência para o futuro”.

Gus Greensmith/Elliott Edmondson estão obrigados a levar o Ford Fiesta WRC até ao fim. Percebe-se que o abandono de Teemu Suninen o faça querer terminar o rali, mas em sete troços ficar cinco vezes atrás de R5 é mau, embora não esqueçamos que é o 10º rali da sua carreira com um World Rally Car, e o segundo Monte Carlo de WRC.

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