TAP Rali de Portugal 1972: Surpresa BMW


No início de 1972, surgiam indícios de que a Federação Internacional iria criar um Campeonato do Mundo de Ralis e o TAP era um potencial candidato.

O rali manteve as partidas de várias localidades europeias, mas o número de PEC incluídas no percurso comum, subia para 31, representando cerca de 13% da distância total. A dureza continuava a ser um fator preponderante e já nesta fase, muito dificilmente, a vitória escaparia aos pilotos profissionais das equipas de fábrica. Bernard Darniche reforçou a armada da Alpine Renault, enquanto a rival Lancia ficou em casa a preparar o Rali Sanremo. Esta edição ficou manchada pelo despiste de Colaço Marques, logo no primeiro troço em Ruivães, vitimando o seu navegador José Arnaud.

O único triunfo da marca bávara aconteceu, de uma forma algo inesperada, em 1972, já que, à partida, o BMW 2002 Ti de grupo 2 não teria grandes hipóteses de se impor face à armada Alpine Renault com os ágeis A110 de grupo 4. No último ano em que os Grupo 5 foram admitidos, assistiu-se a curiosas participações de alguns protótipos, como era o caso do Citroën SM de Waldegård ou o do DS Proto de Francisco Romãozinho. Bernard Darniche reforçou a equipa Alpine, enquanto a rival Lancia ficou em casa a preparar o Rali Sanremo. Embalado pela vitória do ano anterior, Nicolas tinha o triunfo à vista, mas a caixa de velocidades do Alpine não resistiu ao exigente troço da Serra da Cabreira e impediu o francês de continuar. Achim Warmbold, que vinha fazendo uma excelente prova, passou para o comando e abriu o champanhe no Estoril. António Borges, Romãozinho e Gomes Pereira chegaram a intrometer-se na luta pelas posições cimeiras, mas as péssimas condições atmosféricas traíram as suas aspirações. Giovanni Salvi e Américo Nunes, ambos em Porsche 911, conseguiram, ainda assim, honrosos 6º e 7º lugares.

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