TAP Rali de Portugal 1971: Finalmente Jean-Pierre Nicolas


A prova portuguesa manteve-se entre as 21 que compunham o calendário do ‘Europeu’ de Ralis. Jean Pierre Nicolas venceu com o Alpine-Renault…

Mantinham-se os habituais percursos de concentração, mas pela primeira vez na história da prova, convergiram para uma cidade portuguesa, Bragança, seguindo depois para Ofir, a partir da qual se realizou a primeira etapa, que terminou em Lisboa.

O percurso comum dos concorrentes foi composto de três etapas, com as equipas a voltar ao Porto e a regressar a sul, no último dia, ao Estoril. Vivia-se a época dos grandes duelos entre a Lancia e a Alpine Renault. De um lado, os Fulvia, do outro, os espetaculares

A110. Dois conceitos completamente diferentes, mas com igual eficácia. Contudo, a Lancia era novamente a grande favorita, pelo menos reunindo maior ‘dose’. Sandro Munari liderou nos quilómetros iniciais, mas o motor do Fulvia não resistiu e as lágrimas estampadas no rosto do italiano correram o mundo através das páginas dos jornais.

Jean Pierre Nicolas colocou então o Alpine Renault no comando, gerindo depois a prova a seu bel-prazer chegando finalmente a um triunfo que havia ficado ‘prometido’ quatro anos antes, quando abandonou perto do fim, depois de liderar. Evidenciando a galopante

internacionalização do rali, pela primeira vez, nenhum piloto nacional terminou entre os cinco primeiros. Gomes Pereira, em Opel 1904 SR, foi o melhor concorrente luso, classificando-se no oitavo lugar. Um facto sintomático de que o TAP era, cada vez mais, um evento internacional, figurando nos objetivos das principais equipas europeias que não olhavam a esforços para preparar a prova da melhor forma. Semanas antes do evento, havia já movimentação na Pousada do Marão, no Buçaco, ou mesmo em Arganil, onde pilotos e mecânicos dividiam o tempo entre a Serra do Açor, o Café dos Arcos e a Pensão Canário…

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