‘Estórias’ do Rali de Portugal: Roberto Vittone, o ‘vencedor’ de 1981


Roberto Vittone é um nome que só dirá alguma coisa a quem acompanhava já o Rali de Portugal e o Mundial de Ralis nos anos oitenta. Mas é um nome que diz muito a Markku Alen e a… um certo camionista português! No primeiro caso, a explicação é fácil de perceber: quando o finlandês arrancou uma roda dianteira direita do Fiat 131 Abarth em Sintra, na edição de 1981 do Rali de Portugal e ‘estrebuchava’, dizendo uma quantidade de palavrões em finlandês só comparável à sua rapidez nos troços, o líder técnico da equipa italiana não perdeu tempo a ouvi-lo e ‘atirou-se’ ao 131 Abarth, dirigindo com magnificência a complicada operação cirúrgica a que o carro italiano foi sujeito para poder prosseguir em prova e ainda… chegar a vencê-la!

No segundo caso, a história é, pelo menos, tão curiosa como no primeiro e também se explica em poucas palavras: Roberto Vittone também é lendário por outra razão. Ele e o seu colega Rino Buschiazzo, mítico mecânico da Abarth, repartiam uma longa carreira a pilotar helicópteros (na qual sobreviveram a meia dúzia de acidentes) e foi num desses voos, durante o Rali de Portugal, que, ao aterrar num local onde só mesmo o piloto achava que o helicóptero cabia, o rotor traseiro da aeronave simplesmente rasgou a carroçaria de um camião TIR de transporte de madeira. Tudo aconteceu perante o olhar incrédulo do motorista que se apressou a ir ter com Vittone e lhe perguntou: “quer-me explicar como é que a companhia de seguros vai acreditar no que eu vou ter que escrever no formulário do registo do acidente?!”.

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