Paulo Neto: “Sinto que ainda tenho margem para evoluir”

A duas provas do final do campeonato Paulo Neto já se sagrou campeão nacional de ralis na categoria RC3 e concedeu, nessa qualidade, uma entrevista ao AutoSport, publicada na edição que hoje sai para as bancas. Aqui fica a extrato dessa entrevista, onde o piloto do Citroën DS3 R3T fala da sua época, de que ajudas teve, não deixando de fazer o ponto da situação da sua carreira.

Tudo o resto – incluindo a análise que o piloto faz do atual momento do Nacional de Ralis e as suas principais vicissitudes, a relação com o público, as suas perspetivas de futuro e até a forma como é visto um piloto que não luta pelas primeiras posições absolutas num rali muitos outros interessantes temas -, faz parte do conteúdo integral da entrevista integral que poderá ler no AutoSport.

 Que pontos destacarias pela positiva e pela negativa nesta tua temporada?

Começando pelos pontos positivos tenho de dar destaque ao Rali de Portugal e ao Rali Vinho Madeira, não só pelas vitórias mas também pela exibição conseguida, frente a um público sempre muito entusiasmante, o que ainda é mais gratificante.

Quanto aos aspetos negativos, não temos. Tivemos sim uma contrariedade no Rali Serras de Fafe que foi devido a um problema no motor ficarmos, desde muito cedo limitados no nosso desempenho, o que nos acabou por afetar um pouco já que queríamos começar bem a época. Outra das contrariedades foi no Rali Sata Açores em que logo na segunda classificativa ficámos sem a 2ª velocidade o que tornou esta prova bastante complicada.

Como achas que evoluiste ao longo da temporada e em que pontos podes evoluir ainda como piloto?

Fomos evoluindo na consistência ou seja sabíamos que eramos rápidos mas o difícil é fazer a classificativa toda com um ritmo alto e não cometer erros que por vezes mínimos, nos fazem perder preciosos segundos. Sinto que ainda temos muita margem para evoluir, estamos sempre a tentar aproveitar melhor os pneus, os travões, as suspensões ou seja todo o setup do carro.

 Nos ralis, o piloto está longe de ser tudo. Desde o navegador, até à equipa técnica, tudo contribuiu para os resultados positivos ou negativos. Quais são as mais valias de uma equipa como a tua, certamente muito mais pequena e com menores meios que uma Sport & You ou ARC Sport?

É verdade uma das tarefas mais difíceis nos ralis é a de navegador e aí tenho que agradecer ao Vitor Hugo que esteve sempre brilhante  no seu desempenho, na confiança transmitida dentro do carro soube transmitir motivação e calma nas alturas certas, o que nem sempre é fácil.

A nossa equipa de assistência a RF Competições esteve sempre cinco estrelas, fazendo sempre o trabalho por antecipação e disponibilizando sempre meios mais do que suficientes em prova, aliás aqui tenho que agradecer ao Rui Ferreirinho e ao Eng. Nuno Pires que mesmo em testes fizeram de tudo para eu conseguir evoluir o carro e a mim. Merecido também é todo o apoios de todos os patrocinadores, sem os quais, o nosso projeto dos ralis não poderia ser viabilizado.

Foto: Paulo Neto Facebook