«O Rali da Finlândia é uma das provas mais difíceis do ano»

Após uma interrupção de oito semanas, o campeonato do Mundo de Ralis 2007 está prestes a recomeçar e longo com longos voos. A fim de regressar imediatamente ao ritmo, este regresso efectua-se no “tobogã” finlandês.

Para lançar o sprint final que espera os concorrentes do WRC – oito ralis em quatro meses – não podia haver melhor cenário do que a prova mais rápida do ano. Os troços de terra de Jyväskylä que contornam os numerosos lagos unem na perfeição o seu relevo e a imensa quantidade de lombas que lançam as viaturas em grandes voos.

“É extremamente rápido. É preciso andar sempre no limite”, explica Sébastien Loeb. “Existem muitos saltos seguidos de curvas escondidas. Durante os reconhecimentos é difícil antecipar, saber qual o tamanho do salto e a que velocidade o devemos realizar. Quando a estrada vira logo a seguir, é bom que tenhamos aterrado com sucesso e que estejamos numa posição adequada!”

Todas as características fazem com que, na Finlândia mais do que noutro sítio qualquer, o reconhecimento do terreno seja prioritário. Isto é ainda mais relevante em 2007, uma vez que 46% do percurso foi renovado. A primeira etapa irá desenrolar-se a oeste de Jyväskylä, junto a Keuruu. Jämsä, a sudoeste, será o epicentro do segundo dia e a região de Laukka, a nordeste, o cenário da última etapa.

Os dois pilotos da Citroën encaram estas modificações com cautela: “Os pilotos locais aprenderam a conduzir nestas estradas”, exclama Dani Sordo. “Eles conhecem os troços de cor e têm uma grande vantagem. Com apenas uma participação ao volante de um WRC, já tenho coisas suficientes para descobri”. Segundo Loeb, “dizer que comecei a ter bons resultados, é um parâmetro não negligenciável que vai tornar este rali ainda mais complicado”.

Para enfrentar este pico do campeonato, as formações Citroën sabem que dispõem de uma grande ferramenta: o C4 WRC. “Desde os primeiros ensaios”, revela Loeb, “descobri que o carro é muito equilibrado. Isso é indispensável na Finlândia. Com a equipa, temos aperfeiçoado as afinações para o tornar ainda mais eficaz em todas as circunstâncias”.

Comentários confirmados por Sordo: “Em todas as diferentes bases ensaiadas, o C4 tem respondido sempre às nossas exigências. A sua homogeneidade e a suavidade das suas reacções dão-nos confiança e permitem-nos correr livremente”.

Para os “vermelhos”, os desafios desta corrida são “simples”. É necessário acompanhar os adversários e, se possível, assegurar o máximo de pontos. Para isso, cada um tem a sua táctica. “Sei que já tenho muitas coisas para aprender nas florestas finlandesas”, comenta Dani Sordo. “É fácil cometer um erro e uma só é frequentemente suficiente… Assim, não vou tentar seguir os mais rápidos, mas vou correr o mais rápido possível para assegurar pontos para o Campeonato de Construtores”.

Com apenas nove pontos de atraso para o líder do Campeonato de Pilotos, Sébastien Loeb tem em vista um objectivo mais alto. “Não há grandes questões a colocar. Vou tentar correr para ganhar, atacar e esperar pelos resultados. Já não posso de todo arriscar ainda mais o agravamento da situação. Esta posição não é evidente, mas tudo pode mudar rapidamente porque o Marcus Grönholm também não está livre de cometer erros”.

“Não é simples recomeçar o campeonato na Finlândia, uma das provas mais difíceis de gerir do ano”, explica Guy Fréquelin. “Se queremos conservar as nossas hipóteses nos dois campeonatos, é imperativo assegurar um bom resultado. Com a sua curta experiência, isso é algo que não será fácil para Dani Sordo. Com a ajuda de Marc Martí, vai tentar marcar o máximo de pontos para a Citroën. Sébastien Loeb e Daniel Elena estão perfeitamente conscientes da situação e partem para este desafio determinados a vencer, de modo a não complicar uma situação já difícil”.