CRM, Rali Vinho Madeira: o que dizem os madeirenses

Por a 4 Agosto 2022 11:08

Miguel Nunes: “manter a forma que exibimos na última prova”

Miguel Nunes volta a participar no Rali Vinho da Madeira com um Skoda Fabia Rally2 Evo e o seu propósito é “dar o nosso melhor. Antevejo um rali com muita competitividade pois e lista de inscritos é muito extensa e com muita qualidade. Vamos tentar andar na luta pelos lugares cimeiros e, para isso, nos aplicar ao máximo. Os nossos adversários são muito fortes. Preparamo-nos o melhor possível e, dessa forma, por vezes as coisas correm bem. Queremos manter a forma que exibimos na última prova mas também já estamos a contar com a reação dos nossos adversários. Vamos continuar a trabalhar.”

Miguel Nunes tem 41 anos de idade e participou no seu primeiro rali em 2005 com um Citroën C2 VTS. Desde então já passou pelo volante de carros como o Peugeot 206 S1600, Peugeot 207 S2000, Mitsubishi Lancer Evo X, Ford Fiesta R5, Citroën DS3 R5 ou Hyundai i20 R5. Foi campeão da Madeira cinco vezes, em 2010, 2012, 2014, 2020 e 2021. É líder destacado do atual campeonato madeirense da modalidade.

Alexandre Camacho: “Ser o primeiro com cinco vitórias”

Alexandre Camacho alinha neste Rali Vinho da Madeira com um Skoda Fabia Rally2 Evo. Os seus objetivos passam “pelo melhor resultado possível. No entanto, atendendo às últimas edições do evento, pretendo estar na luta pela vitória. Há uma forte concorrência e nada será fácil. Gostaria muito de ser o primeiro piloto com cinco vitórias neste rali.

Em termos de dificuldades, a maior mesmo, são os adversários, pois a lista de inscritos é muito boa. Para além de nós, madeirenses, são só nomes sonantes da competição nacional e até mesmo internacional. Preparamo-nos bem, revimos alguns pormenores e estamos confiantes”.

Camacho conta 42 anos de idade e fez a sua estreia em ralis em 2001 com um Toyota Yaris. Passou para o volante de um Citroën Saxo e depois para um Citroën Saxo Kit-Car e Peugeot 206 S1600 com que conquistou os primeiros títulos da categoria. Desde então, foi campeão da Madeira em seis ocasiões, 2008 e 2009 em Peugeot 207 S2000, 2015 com Porsche 997 GT3, 2017 ao volante de Peugeot 208 T16, e 2018 e 2019 com Skoda Fabia R5. Venceu o FIA European Rally Trophy em 2018. É segundo classificado no campeonato madeirense de este ano.

Vítor Sá: lutar pelas duas rodas motrizes

Vítor Sá alinha em mais um Rali Vinho da Madeira com um Citroën DS3 R3T. Quanto a objetivos, “é um pouco difícil de os estabelecer pois não sei bem, devido a diferenças regulamentares, em que categorias estou inserido. Assim, vou tentar fazer o melhor, travar o mais tarde e acelerar o mais cedo possível. No fundo, lutar por ser o primeiro entre os que usam viaturas de duas rodas motrizes e tração dianteira. E também dignificar os apoios que nos são concedidos”.

Sá conta 57 anos de idade e estreou-se nos ralis em 1986 com um Renault 5 GT Turbo. Passou pelo volante de inúmeras viaturas, de entre as quais se destacam Subaru Impreza 555, Subaru Impreza WRC, Peugeot 306 Maxi, Renault Megane Maxi, Peugeot 206 S1600, Renault Clio S1600, Fiat Punto S2000 ou Peugeot 207 S2000. Na sua carreira, foi onze vezes campeão regional da modalidade, em 1992, entre 1999 e 2007 e em 2011. Venceu o Rali Vinho da Madeira em 2004 utilizando um Peugeot 306 Maxi.

José Camacho: “não há comparação possível entre o rali da minha estreia e este”

José Camacho arranca para aquele que será o seu 36º Rali Vinho da Madeira para tentar “o melhor que souber. É uma prova em que temos de efetuar uma boa gestão pois é muito longa. Gostava de estar a meio dos concorrentes com R5”.

Camacho, com 59 anos de idade, utilizou viaturas tão díspares como o Ford Escort RS 2000 da estreia em 1995, as versões 1.6 e 1.9 do Peugeot 205 GTi, Peugeot 309 GTi, Ford Sierra Cosworth 4×4, Opel Astra GSi, VW Golf GTi, Seat Ibiza Kit-Car, Peugeot 206 S1600, Fiat Grande Punto S2000 e o atual Peugeot 208 T16.

O seu melhor resultado foi obtido em 2004 quando foi quarto com um Peugeot 306 Maxi. Campeão regional em 1990, apenas não compareceu à partida da prova organizada pelo Club Sports da Madeira em 2010 e 2011.

O piloto considera que “não há comparação possível entre o rali da minha estreia e o que estará na próxima semana na estrada. Hoje é tudo mais fácil. As viaturas evoluíram muito ao longo de quase 40 anos, curvam muito mais rápido, e isso vê-se pelos tempos”.

Como efeméride, assinale-se que Rui Pinto terá nesta a sua 30ª comparência ao evento e que Bruno Magalhães se apresta a participar pela 20ª ocasião numa prova que considera uma das suas preferidas.

Filipe Freitas: “objetivo é ganhar o grupo R-GT”

Filipe Freitas volta a participar no Rali Vinho da Madeira com o objetivo de “ganhar o grupo R-GT. Não temos qualquer objetivo fixado em termos de classificação geral. Veremos, no começo da prova, onde nos situamos mas vamos tentar terminar o mais à frente possível e tentar ombrear com os nossos adversários que tripulam R5. O conhecimento das estradas pode ser determinante nesse aspeto. Pretendemos um rali sem percalços e com um ritmo forte”.

Desde abril que os pilotos, um pouco por toda a Europa, que utilizam Porsche RGT se debatem com a indisponibilidade dos únicos pneus homologados para ralis pela federação internacional. De forma a poderem participar no Rali Vinho Madeira, as equipas com estas viaturas terão garantido da FPAK uma derrogação no sentido de “montarmos pneus de circuito usados e com rasgos.

Foi entendido, através de vários contactos, que a situação não era nossa má vontade e que, com a solução encontrada, não teríamos qualquer vantagem competitiva”.

Filipe Freitas conta 50 anos de idade e estreou-se nos ralis como navegador em Citroën AX GTi em 1998. Passou para o volante em pleno no ano seguinte e rapidamente se destacou nas fórmulas de promoção. Passou por inúmeras viaturas mas utiliza Porsche RGT desde 2019. Foi campeão regional de 1.600 cc em 2009 com um Renault Clio S1600 e de RGT há dois anos. No seu palmarés conta com dois títulos regionais absolutos, o de 2013 com Mitsubishi Lancer Evo X e o de 2016 já com Porsche 911 GT3.

Gil Freitas: “usufruir das capacidades do carro e chegar ao final”

Gil Freitas estará na próxima edição do Rali Vinho da Madeira com o Hyundai i20 R5 adquirido há cerca de dois meses. O piloto queixa-se “de alguma falta de ritmo pois ainda conheço mal o carro. No Faial começamos a prova sem potência e, para além disso, também se quebrou um apoio da barra estabilizadora traseira. Quando resolvemos esses problemas, quebrou-se um semieixo. Nessas condições, pretendo usufruir das capacidades do carro e chegar ao final, sem pensar noutros objetivos ou classificação. Esperemos que dentro de pouco mais de uma semana não esteja tanto calor pois, a se manter estas condições climatéricas, será mesmo muito difícil”.

Gil Freitas, que faz equipa com Duarte Miranda, iniciou-se já tarde nos ralis, em 2013, com um Opel Kadett GT/E. Desde então já esteve ao volante de viaturas como Opel Ascona 400, Citroën DS3 R5 ou Subaru Impreza S14 WRC. Os seus melhores resultados foram, até agora, conseguidos com Porsche GT3, modelo com que foi campeão nacional do grupo em 2015 e da Madeira em 2019 e ainda vencedor do troféu AMAK de rampas entre 2014 e 2016.

João Silva: “fazer parte da grande festa do automobilismo”

João Silva regressa à atividade no Rali Vinho Madeira, prova em que pretende “participar para fazer parte da grande festa do automobilismo. Vamos participar com um Peugeot 208 Rally4, de duas rodas motrizes. Na nossa categoria existem viaturas com melhores performances mas tudo faremos para nos batermos com esses adversários. O ano passado tive uma experiência semelhante com um Renault Clio e agora tenho curiosidade em comparar as duas viaturas. Resta-me esperar que também este carro seja competitivo. Estou também contente pois vou voltar a partilhar uma viatura de competição com o João Paulo, com quem já corri em 2010. Vamos tentar nos divertir e fazer o melhor que sabemos”.

Silva conta 34 anos de idade e fez a sua estreia em ralis em 2007 com um Toyota Yaris. Passou então para um Citroën C2 R2 e, em 2009, para o Renault Clio R3 com que se notabilizou. Com essa viatura foi campeão júnior da Madeira nesse ano e no seguinte e ainda o melhor da sua categoria no campeonato nacional em 2011. Em 2012 participou na WRC Academy com um Ford Fiesta R2. Em 2017 adquiriu um Citroën DS3 R5 e obteve a sua primeira vitória absoluta no Rali da Calheta. Foi vice-campeão regional em 2017 e 2018. Nos últimos anos, praticamente só tem alinhado no Rali Vinho da Madeira mas em 2021 venceu o Rally de Lisboa.

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