Vitórias Improváveis na F1: Jenson Button, Hungria 2006

Por a 28 Dezembro 2023 13:14
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A competição não vive só do domínio e da luta entre as grandes equipas pela vitória e pelos campeonatos. As lutas por categorias intermédias ou no meio do pelotão apaixonam muita gente, e no meio dessas contendas, descobrem-se grandes talentos que poderão, um dia, ascender ao Olimpo do desporto motorizado. Isto é transversal a todas as disciplinas do desporto automóvel. No caso da Fórmula 1, nunca faltaram vencedores inesperados. Aqui fica uma dessas histórias.

Quando Button chegou à Fórmula 1 pela mão da Williams em 2000, estava então a completar os seus 20 anos, era visto como a maior promessa britânica e, quiçá, uma das maiores do mundo, depois de uma ascensão meteórica pelas categorias de formação. Claro está que, muitas vezes, é fácil dizer-se que alguém vai ser “o próximo grande” e, por vários motivos, nunca concretize ou não tenha muito mais potencial para dar. No entanto, Button demonstrou sinais extremamente promissores na sua época de estreia mas, ao ser emprestado à Benetton para dar lugar a Juan Pablo Montoya na equipa de Grove, apanhou um dos piores momentos da equipa de Enstone, então em processo de compra por parte da Renault. Button acabaria por romper com a Williams e a Renault e assinar pela BAR em 2003, dando de imediato luta a Jacques Villeneuve, mas os muitos conflitos internos e mudanças na gerência da equipa nunca permitiram um crescimento estável, o que acabaria por arruinar a carreira do piloto canadiano, enquanto Button era visto como um piloto de qualidade e com potencial, mas não como um futuro campeão. No entanto, quando a Honda (que fornecia motores à BAR desde 2000) comprou a equipa no final de 2005, o salto qualitativo foi imediato. E, após seis épocas de altos e baixos, JensonButton viria a conseguir a sua primeira vitória no G.P. da Hungria desse ano. A prova começou com chuva e o inglês demonstrou o seu talento habitual em condições meteorológicas instáveis, recuperando de um magro 14º posto até 4º em apenas dez voltas e, com uma tática inteligente e também com os erros e problemas mecânicos dos adversários, chegou ao segundo lugar, fazendo forte pressão sobre Fernando Alonso. Button ainda tinha de reabastecer, mas Alonso também parou para colocar slicks e uma das rodas soltou-se pouco depois, entregando o comando ao britânico, que dominou à vontade o último terço da corrida. Foi a única vitória da operação BAR/Honda em dez temporadas. Mas, quando a Honda deixou abruptamente a competição, Ross Brawn comprou a equipa e Button teria, finalmente, o seu grande ano, vencendo o campeonato, confirmando o seu valor na McLaren até à retirada, em 2017.

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