Lembra-se de: Ronnie Bucknum, Uma estranha lógica


Se Fosse hoje, nunca teria feito a sua estreia na Fórmula 1 nestes moldes. A forma como Ronnie Bucknum foi recrutado para a F1 foi, no mínimo, curiosa. O piloto californiano era um amador talentoso, presença regular nas corridas americanas de resistência, tendo vencido 44 provas organizadas pelo SCCA em 48 presenças, entre 1959 e 1964. Mas nesse mesmo ano, um “olheiro” da Honda, uma marca japonesa de motociclos que estava a dar os primeiros passos na construção de automóveis, descobriu-o e resolveu trazê-lo para as corridas europeias ao mais alto nível. Isto porque a Honda ia fazer a sua estreia na Fórmula 1 e, como equipa completamente nova e sem experiência, precisava de um piloto igualmente novo e sem experiência. Na verdade, depois da tentativa gorada de contratar Phil Hill, campeão do mundo em 1961, mas entretanto caído em desgraça pelo seu envolvimento com o projeto falhado da ATS, Soichiro Honda queria jogar pelo seguro e lançar eventuais culpas no americano. No entanto, em 1965, Richie Ginther juntou-se à equipa, desenvolveu o carro, e Bucknum acabou mesmo por conseguir um 5º lugar no GP do México… enquanto Ginther venceu. A sua carreira na F1 não continuou para além de 1966, mas Bucknum provou o seu valor encontrando um lugar como piloto oficial Ford em Le Mans, e vencendo a Michigan 500 (prova da Indycar) em 1968. Ronnie Buckhum faleceu com complicações de diabetes, em 1992, com apenas 56 anos de idade.

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