GP Japão F1: Só a chuva poderá parar Verstappen?

Por a 8 Outubro 2022 17:02

Depois de ter mantido a sua pole-position, Max Verstappen é o grande candidato ao triunfo no Grande Prémio do Japão, tendo como grande adversário a possibilidade de chuva para a corrida de amanhã.

O holandês esteve um passo à frente de Charles Leclerc, mas esteve muito perto de ficar sem a melhor posição na grelha de partida. Primeiro devido a uma segunda volta na Q3 pejada de erros que permitiu uma aproximação perigosíssima do monegasco que, de facto, só perdeu a sua décima ‘pole’ da temporada na Chicane Casio, devido aos pneus do seu Ferrari terem já passado o seu melhor.

O piloto da Red Bull viria a ser ainda alvo de uma investigação devido a um incidente com Lando Norris, quando aquecia os pneus do seu monolugar, o que levou a que o inglês tivesse de sair de pista para evitar o toque entre os dois.

Os comissários foram compreensivos e deram apenas uma reprimenda ao Campeão do Mundo, em vias de ser Bicampeão, e este está um pouco mais próximo de poder dar um presente à Honda na semana em que foi anunciado que o construtor nipónico terá uma presença mais evidente nos carros da Red Bull.

A Mercedes parece completamente fora de jogo, com dificuldades em aquecer os pneus, e caiu para a esfera da Alpine, por quem foi batida, ao passo que a Ferrari está por perto do Red Bull do holandês, mas tem as suas limitações.

Com a pista seca pela primeira vez neste fim-de-semana, a formação de Maranello conseguiu um bom acerto para o F1-75, mas um problema que a tem afligido durante grande parte da temporada continua em evidência – gestão das borrachas Pirelli.

No circuito em que os pneus dianteiros sofrem bastante – um mal que é exacerbado pelo Ferrari – os técnicos italianos tentaram uma afinação para remediar a situação, mas no final, eram os pneumáticos traseiros a sofrerem com sobreaquecimento, voltando a limitar Leclerc e Carlos Sainz, que não ficou longe do seu colega de equipa.

Numa corrida em que a estratégia desejada é a de apenas uma paragem – uma troca de pneus custa uns massivos vinte e sete segundos – a Pirelli considera que a melhor será a de duas passagens pelas boxes – arranque e conclusão com borrachas macias e ‘stint’ do meio com médias – havendo aqui um território cinzento para explorar. Quem conseguir gerir melhor os pneumáticos poderá aproximar-se mais dos seus desígnios estratégicos, o que deixa a Ferrari numa situação de maior constrangimento, uma vez que exige mais dos Pirelli.

O grande adversário de Verstappen acaba por ser a possibilidade de chuva, que não está ainda completamente afastada para a corrida de amanhã.

O Campeão do Mundo é um excelente piloto na pista molhada, mas com um possível aparecimento da chuva os equilíbrios competitivos poder-se-ão alterar, podendo até haver algum piloto que tenha apostado numa afinação a tender para a pista molhada, o que lhe daria alguma vantagem.

Estas são ainda condições em que os erros são mais fáceis de cometer e, como já se viu este ano por diversas vezes, Verstappen não é imune a eles.

Contudo, se o Grande Prémio do Japão for disputado com o asfalto seco, dificilmente o Campeão do Mundo não dará um triunfo à Honda no regresso da Fórmula 1 ao circuito da marca nipónica.

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