GP EUA F1: Notas AutoSport (Parte I)

Por a 23 Outubro 2018 16:02

O GP dos EUA foi um dos melhores do ano. Uma corrida movimentada, com surpresas, drama e um vencedor inesperado. Kimi Raikkonen voltou ao lugar mais alto do pódio 113 corridas depois da última vitória (um novo recorde) e mostrou que velhos são os trapos. O campeonato não ficou entregue, pois a Ferrari foi simplesmente melhor. Hamilton não deverá estar preocupado pois conseguiu ainda assim aumentar a vantagem para Vettel, que mais uma vez voltou a envolver-se num incidente no inicio da corrida. A festa deverá ser feita no México… se não surgirem mais surpresas.

 

Ferrari – Um fim de semana de (bons) regressos

A Ferrari tem mostrado uma alma enorme. Apesar dos erros, da situação no campeonato e do abaixamento de forma nas últimas provas, a Scuderia tem mantido a cabeça erguida e tem feito de tudo para levar a luta até ao fim.  Em Austin regressaram ao especificações usadas antes de Singapura… e o carro voltou a mostrar-se muito forte. Desde essa altura que a Ferrari tinha evidenciado dificuldades em superar os Mercedes, mas este fim de semana em Austin reverteram algumas das melhorias e o resultado foi simples de avaliar… em corrida o monolugar de Maranello foi o mais rápido. Kimi Raikkonen regressou aos triunfos e de forma merecida. Está a despedir-se da Ferrari da melhor forma e esta vitória é o prémio merecido para o que o finlandês tem feito desde meio da época passada. Se os primeiros anos no regresso à Ferrari foram fracos, desde a época passada que o Iceman tem, aos poucos, voltado aos níveis que todos esperavam dele. Em Austin esteve perfeito, quer no arranque, onde conquistou a posição a Hamilton, quer na gestão da corrida (aquelas voltas em que se defendeu de Hamilton fizeram lembrar o bom velho Iceman), ajudado pela estratégia certeira que lhe permitiu vencer. Um dia em grande da equipa que pôde voltar a cantar o hino italiano a plenos pulmões. Quanto a Vettel… quem sabe o que poderia ter acontecido se aquele toque com Ricciardo não tivesse acontecido. O alemão voltou a perder no confronto directo. Desta vez não perdeu tantas posições, mas comprometeu o que poderia ter sido uma excelente corrida para manter o sonho vivo. Depois do toque foi constantemente dos mais rápidos e ainda conseguiu passar por Bottas perto do final. Mais um erro que custou pontos, uma tendência nada saudável este ano.

 

Kimi Raikkonen: Nota 10

Sebastian Vettel: Nota 7

Ferrari: Nota 10

 

 

Red Bull – Desta vez Verstappen não foi expulso

No ano passado o jovem holandês esteve quase a subir ao pódio, mas uma penalização por ultrapassagem fora dos limites de pista “roubou” impediu o piloto de provar o champanhe. Este ano, para evitar esse tipo de manobras, foram colocados limitadores que foram chamados de “Verstopers” e foi curiosamente um desses limitadores que estragou a qualificação ao #3 e obrigou a uma penalização por troca de caixa de velocidades. Largou de 18º e acabou em 2º. Só isso seria suficiente para justificar o prémio de melhor em pista, mas a forma como o conseguiu merece destaque. Verstappen está muito diferente do piloto que mostrou ser no inicio da época. Maduro, rápido e eficaz, subiu rapidamente até ao top 10 e o seu excelente andamento, a juntar à boa decisão estratégica da Red Bull, permitiu ao holandês ainda tentar a vitória. Já Ricciardo… voltou a sofrer da maldição do Australiano na Red Bull. Mais uma falha técnica (baterias desligaram-se, um problema semelhante ao que aconteceu no Bahrein) e mais uma vez o desespero de Ricciardo bem visível quando saiu do carro. Fica a pergunta no ar… qual teria sido o desfecho da corrida se Ricciardo não tivesse problemas? Verstappen largou de 18º e acabou em 2º. Ricciardo largou de quarto. A Renault vai apresentar um motor novo para 2019 e bem precisa pois se continuar assim, vai dar muitas dores de cabeça ao australiano. Nota para a fiabilidade da Red Bull que para além de problemas consecutivos nos motores viu uma suspensão ceder, algo pouco habitual.

Max Verstappen: Nota 10

Daniel Ricciardo: Nota 7

Red Bull: Nota 8

 

Mercedes – Festa adiada

Muitos eram os que pensavam que a Mercedes iria festejar em Austin, uma pista onde Hamilton era rei e senhor. Apesar do líder do campeonato ter feito mais uma pole  (81ª pole para o britânico), os Flechas de Prata não mostraram andamento suficiente para segurar os Ferrari. Hamilton fez uma excelente corrida, mas a estratégia de duas paragens não o ajudou na tarefa. Parar no Virtual Safety Car pareceu a solução correcta na altura, mas no final a Mercedes viu que a Ferrari tinha jogado melhor. A tentativa de ultrapassagem a Verstappen não foi bem sucedida mas no final não foi um mau resultado para Hamilton que está cada vez mais perto do penta. Para Valtteri Bottas 2018 podia acabar já amanhã. O piloto está psicologicamente acabado e voltou a mostrar pouco andamento não conseguindo segurar Vettel no final. Não incomodou Hamilton nas ultrapassagens mas não foi o “wingman” ideal pois não teve o andamento dos homens da frente.

Lewis Hamilton: Nota 9

Valtteri Bottas: Nota 6

Mercedes: Nota 8

 

Renault – De regresso aos bons resultados

A dupla da marca do losango acabou em sexto e sétimo, ou seja primeiro e segundo do “campeonato B”. Hulkenberg fez aquilo que melhor sabe… ser discreto e eficaz, tendo passado Ocon na primeira volta, gerindo a partir daí a corrida da melhor forma possível. Sainz esteve ainda melhor, recuperando 4 posições e superando uma penalização de 5 seg. que no final não o afectou. A Renault voltou a mostrar a boa forma do início da época e conseguiu ganhar uma vantagem preciosa no campeonato de construtores que agora parece mais seguro dado os resultados da Haas este fim de semana. Talvez tenham assegurado o quarto lugar em Austin.

Nico Hulkenberg: Nota 8

Carlos Sainz: Nota 8

Renualt: Nota 8

 

 

Force India – Ocon penalizado em mais uma boa corrida

Ocon tinha tudo para sair de Austin com a sensação de dever cumprido e com muitos pontos no bolso mas, infelizmente, uma penalização por excederem o fluxo máximo de combustível permitido nas voltas iniciais da corrida deitou por terra o esforço do francês, que cruzou a linha de meta em oitavo lugar, depois de uma corrida bem conseguida por parte o piloto (mais uma). Na qualificação esteve mais uma vez melhor que o colega de equipa e em corrida fez o que lhe era pedido com qualidade. A penalização torna-se assim injusta para um piloto que não cometeu um erro em pista. Para Pérez foi um fim de semana modesto. Em qualificação não teve argumentos para Ocon (uma lacuna já antiga do mexicano) e em corrida, embora tenha mostrado algo mais, não esteve ao mesmo nível de Ocon. Curiosamente Pérez assinou contrato com a Force India (como era esperado) e Ocon espera por novidades, correndo o risco de ficar arredado.  Mas a Force India voltou a mostrar-se competitiva e está cada vez mais próxima da McLaren.

Esteban Ocon – Nota 8

Sergio Pérez – Nota 7

Force India – Nota 7

 

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