GP da Hungria de F1/2º pelotão: Norris o mais forte no erro da Alpine

Por a 1 Agosto 2022 16:26

Lando Norris venceu a batalha do 2º pelotão no Grande Prémio da Hungria, numa corrida em que a McLaren evidenciou uma ligeira vantagem face à Alpine que condicionou a sua prova dominical assente num pressuposto que se veio a mostrar deslocado da realidade.

A formação de Woking apresentou uma ligeira vantagem face à sua rival de Enstone desde o primeiro momento que a pista abriu, tendo o MCL36 se adaptado melhor às curvas longas e poucas retas de Hungaroring que o A522.

Na qualificação a McLaren voltou a mostrar um ascendente face à Alpine, mas Daniel Ricciardo não acompanhou o seu colega de equipa, nono, tendo o inglês garantido o quarto posto, beneficiando dos problemas dos Red Bull e de Lewis Hamilton.

Os homens da equipa do construtor gaulês seguiram Norris, mas Esteban Ocon perdeu quase três décimos de segundo o seu rival, ao passo que Fernando Alonso mostrou-se desagradado com o resultado da qualificação, ficando no encalço do seu colega de equipa, ainda que a apenas alguns milésimos de segundo, quando até então tinha revelado uma superioridade face ao francês, que se traduzia num par de décimos de segundo.

As condições da pista alteraram-se significativamente ao longo do fim-de-semana, com uma chuvada de proporções épicas no sábado, antes da terceira sessão de treinos-livres, que foi disputada com a pista completamente molhada, a limpar a pista, ao passo que as temperaturas baixavam dramaticamente.

Até este ano, a posição em pista no traçado de Hungaroring era primordial, dadas as dificuldades que se verificavam quando um piloto seguia outro ao longo das curvas encadeadas do traçado magiar e à curta recta onde está a meta, a única digna desse nome.

Nestas circunstâncias, um carro mais lento, poderia conseguir suster os ataques de outro mais rápido, como o ano passado Alonso demonstrou, detendo o avanço de Lewis Hamilton ao longo de mais de dez voltas, o que foi determinante para a vitória de Ocon.

Este terá sido o pressuposto a partir do qual a Alpine gerou a sua estratégia para a corrida de domingo, apostando em apenas uma paragem, que passava por arrancar com pneus médios para os depois substituir por borrachas duras, que fariam grande parte da corrida, aproveitando a descida de temperatura para garantir que os pneumáticos brancos pudessem aguentar o que lhes era exigido.

Porém, desde sexta-feira que os pneus mais duros da Pirelli eram vistos como difíceis de colocar a funcionar em Hungaroring, dado não atingirem a temperatura correcta.

A McLaren adotou uma estratégia diferente, mais agressiva, muito embora tenha também terminado com pneus duros nos seus dois carros, mas com duas paragens pelo caminho.

Norris e Ricciardo iniciaram com pneus macios o Grande Prémio da Hungria, tendo depois passado por todos os compostos da gama da Pirelli.

Como se verificou, nas corridas mais recentes, depois de em qualificação o MCL36 se mostrar mais competitivo que o A522, na corrida os andamentos equiparavam-se, verificando-se depois de os Red Bull e Lewis Hamilton se terem juntado ao grupo da frente, o que aconteceu na décima terceira volta, uma vantagem de dois segundos de Norris para Ocon, sendo este seguido por Alonso a um, que parecia ser ligeiramente mais rápido que o seu colega de equipa.

Por seu lado, Daniel Ricciardo perdia o contacto com este trio e deixava de ser um factor, acabando fora dos pontos depois de ter sido penalizado por um contacto com Lance Stroll.

Numa pista em que o uso de pneus novos confere uma vantagem abismal, Norris, numa estratégia de duas paragens, entrou nas boxes na décima quarta volta, ao passo que os homens da Alpine fizeram o mesmo na vigésima primeira volta, Alonso, e na vigésima terceira, Ocon.

O espanhol saiu das boxes a mais de onze segundos do inglês e com pneus duros não conseguiu impactar na vantagem do jovem da McLaren. Na verdade, até à quadragésima segunda volta, quando Norris realizou a sua segunda paragem nas boxes para montar borrachas duras, perdeu mais quinze segundos, o que permitia que este realizasse a sua segunda paragem sem perder a posição para o bicampeão mundial.

Daí para a frente, Norris foi se afastando do Alonso, terminando no sétimo posto com uma vantagem de vinte e dois segundos para o homem da Alpine.

Ocon acabou na posição imediata, a quase três segundos do seu colega de equipa, mas pressionado por Sebastian Vettel que apostara na estratégia mais correta para a corrida magiar – duas paragens, com um início de macios e médios nos dois ‘stints’ seguintes.

Ainda assim, a Alpine manteve o quarto posto no Campeonato de Construtores, conservando os mesmos quatro pontos de vantagem sobre a McLaren, que uma vez mais voltou a correr ‘coxa’, com as dificuldades de Ricciardo.

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