GP dos Países Baixos: O que esperar da corrida…

Por a 4 Setembro 2022 09:31

Max Verstappen conquistou a pole-position para o Grande Prémio da Holanda, mas a corrida poderá ser complicada para o holandês, que tem nos Ferrari e nos Mercedes oponentes que o podem impedir de vencer perante o seu público.

O Campeão do Mundo mostra-se a um nível impressionante e a sua imposição na qualificação deveu-se mais à sua invejável forma e a um ligeiro erro de Charles Leclerc que a uma verdadeira supremacia da Red Bull face às suas adversárias, parecendo os carros de Maranello serem os mais fortes ao longo dos 4,259 quilómetros de Zandvoort.

A ‘Scuderia’, apesar de não ter nenhum dos seus monolugares na pole-position, está numa posição de força perante a Red Bull, uma vez que tem dois pilotos no encalço de Verstappen, ao passo que a formação de Milton Keynes tem o holandês na pole-position, mas Sérgio Pérez não foi além do quinto posto, com uma saída de pista pelo meio, o que a deixa numa situação desfavorável estrategicamente, dado o mexicano estar longe do ritmo apresentado pelo seu colega de equipa, talvez por ter no seu carro um fundo mais antigo que o holandês, o que já acontecera em Spa-Francorchamps.

Com dois carros para atacar Verstappen, a Ferrari pode assumir a postura clássica de colocar os seus pilotos em tácticas diferente para obrigar a Red Bull a reagir e colocar-se numa situação desfavorável.

No entanto, sabemos que a estratégia da equipa de Maranello tem estado sob forte escrutínio este ano, tendo perdido diversas corridas devido a más decisões das boxes, sendo a mais evidente o sucedido no Grande Prémio do Mónaco, havendo ainda o Grande Prémio da Grã-Bretanha, quando ao não chamar Leclerc numa situação de Safety-Car, atirou-o da liderança para fora do pódio.

Estas dificuldades podem ser um problema uma vez que as falhas da ‘Scuderia’ surgem quando existe a necessidade tomar decisões no calor do momento, parecendo as suas ferramentas de projecção não serem tão precisas como as das suas adversárias.

Numa corrida em que existem dúvidas quanto à estratégia a usar, sendo uma ou duas paragens possíveis para vencer a corrida, as indecisões da ‘Scuderia’ nesta área poderão ser um problema.

Com um ‘pit-lane’ bastante curto, mesmo com a velocidade máxima limitada aos 60 Km/h, realizar uma troca de pneus custa apenas dezassete segundos, o que poderá empurrar as equipas para duas paragens, uma vez que, segundo a Pirelli, realizar a prova de 72 voltas apenas com dois jogos de pneus – a conjugação seria Médios / Duros ou Macios / Duros – exige muito cuidado com a gestão das borrachas e, ainda assim, seria marginal para os pilotos que a adotem.

No entanto, se as ultrapassagens forem tão difíceis como no ano passado, apesar da maior extensão da zona de DRS, as equipas poderão ser tentadas a proteger a posição em pista e rodar bastante abaixo do potencial dos seus monolugares para gerir os pneus e arriscar numa estratégia de apenas uma paragem.

Estas incertezas poderão jogar a favor da Red Bull, mais expedita estrategicamente que a Ferrari, levando assim Verstappen até ao triunfo perante o seu público.

No entanto, existe outro fator em jogo – a Mercedes. Lewis Hamilton assegurou o quarto posto da grelha de partida e poderia até estar na luta por um lugar na primeira linha, caso não tivesse sido obrigado a levantar o pé durante a sua segunda volta lançada da Q3 devido ao despiste de Sérgio Pérez.

O W13 está bastante mais competitivo em Zandvoort e isso foi evidente na qualificação. Sabendo-se que o carro de Brackley normalmente é mais forte em corrida, facilmente concluímos que os ‘Flechas de Prata’ poderão ser fortes e ameaçadores em corrida tanto para a Ferrari como para Verstappen.

George Russell, também ele prejudicado por Pérez, não foi além de sexto atrás do mexicano e não deverá ser um factor em condições normais, assim como o recruta da Red Bull, mas Hamilton poderá ter uma palavra a dizer, sobretudo se conseguir suplantar Sainz no arranque.

Num circuito em que as ultrapassagens poderão ser difíceis, a estratégia poderá ser fulcral para identidade do vencedor do Grande Prémio da Holanda e com potencialmente três equipas envolvidas na luta pelo degrau mais alto do pódio, as decisões a partir das boxes serão decisivas. Verstappen arranca da ‘pole’, mas chegar em primeiro poderá provar-se um desafio demasiado difícil para desapontamento do público holandês.

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