GP Brasil F1: Caso Sirotkin/Hamilton, tudo explicado

Em declarações ao Motorsport.com, Sergey Sirotkin disse que Lewis Hamilton não fez nada de errado no incidente que ambos protagonizaram e que quase redundou num grande acidente. Depois de Lewis Hamilton ter explicado a sua visão da situação, referindo que o russo não o devia ter tentado ultrapassar numa volta de lançamento, o piloto da Williams assegura que não tinha alternativa, pois a equipa não esperava passar à Q2, e por isso a Williams não tinha pneus novos disponíveis, pelo que Sirotkin teve que montar pneus usados na Q1, mas que não tinham sido devidamente pré-aquecidos, e por isso teve que andar depressa, já que isso se sobrepôs ao acordo de cavalheiros que os pilotos têm quanto às voltas de lançamento:

“Os pneus estavam 27 graus abaixo do necessário e foi por isso que eu tive que andar depressa. Quando cheguei à curva 11, ele (Hamilton) rodava muito lento, pois preparava-se para a sua volta. Eu não esperava que ele me desse espaço, e como eu vinha muito rápido, movi-me para a esquerda para passar, mas nessa altura ele já me tinha visto e tentou sair da trajetória ideal. Não acho que ele tenha feito algo errado, foi apenas uma situação que tive de resolver, mas essas coisas podem acontecer” disse o russo, que mostra bem que por vezes há circunstâncias que justificam atitudes que à primeira vista parecem erradas, mas que depois, conhecendo-se bem os factos, se tratam apenas de situações que podem acontecer numa competição motorizada.

Bastou ouvir os relatos dos dois pilotos para se perceber o que aconteceu e que não existia justificação alguma para punir qualquer deles. Nenhum desrespeitou regras, Sirotkin tinha o direito de aquecer os pneus e Hamilton pensou que teria havido um engano e estava alguém numa volta rápida, tentou sair da trajetória, no fim percebeu e pensou que Sirotkin tinha errado face ao que está acordado, mas no final, concluiu-se que… tudo está bem quando acaba bem.