GP Bélgica F1: Toto Wolff põe em causa conceito do W13 após “pior qualificação em dez anos”

O desempenho do Mercedes W13 está longe do que era esperado no circuito de Spa-Francorchamps. A equipa de Brackley tinha esperança em encurtar a diferença para os seus rivais no regresso às pistas depois das férias, durante o GP da Bélgica, no entanto desde o primeiro treino livre que as coisas não correm bem. Ontem terminaram a sessão de qualificação a 1.8s do melhor tempo e mesmo com a Red Bull numa liga diferente, a diferença é muito grande.

No final da qualificação, Toto Wolff estava surpreso e irritado por aquilo que considerou ser a pior qualificação da equipa em 10 anos, isto poucas semanas depois de terem conquistado a pole position na Hungria.

“Não pode acontecer estarmos na pole há quatro semanas, embora em condições diferentes numa pista diferente, e de repente estamos a 1,8 segundos aqui. Parece haver algo que não compreendemos ou que não conseguimos entender bem”, afirmou Wolff. “Red Bull está aqui numa liga própria. Até a Ferrari está oito décimos atrás, mas isso não é consolo nenhum. Para mim, esta é a pior qualificação em dez anos. Independentemente das posições da grelha e do facto de termos estado na pole há quatro semanas atrás, isto não é aceitável para nós”.

Os pilotos queixam-se do carro e “Lewis diz que parece que tem um para-quedas atrás”, explicou o responsável da Mercedes, que acrescenta ainda que os dois pilotos britânicos da equipa têm problemas com a traseira do W13, para além de sentirem oscilações nas zonas mais rápidas e não têm confiança para tirar partido da velocidade de ponta do monolugar.

Toto Wolff coloca mesmo todo o desenvolvimento do carro do próximo ano em causa após as contínuas queixas dos pilotos e o fraco desempenho na Bélgica. “Não ouvi uma coisa positiva sobre o carro neste fim de semana. É hora de respirar fundo e decidir o que fazer com vista ao próximo ano”, concluiu.