GP Bélgica F1: Destaques da corrida

Por a 28 Agosto 2022 16:00

Com a corrida que fez na Bélgica, Max Verstappen merece toda a atenção nos destaques, mas houve outros pilotos que estiveram em bom nível. A Ferrari destacou-se, mas não pelos bons motivos, uma situação que se repete. Não conseguiram acompanhar os Red Bull e terminaram pressionados pelo Mercedes de George Russell, fechando o fim de semana em Spa-Francorchamps com novo “deslize”.

Max Verstappen esteve intratável na corrida do GP da Bélgica. Arrancou do 14º lugar e rapidamente se colocou na discussão do pódio, o seu objetivo, e sem grande dificuldade assumiu a liderança da corrida. Juntamente com uma boa estratégia da equipa, um carro extremamente competitivo e uma séria dificuldade da Ferrari acompanhar o monolugar de Milton Keynes, Verstappen passou a dominar quando assumiu a frente do pelotão, vencendo confortavelmente a corrida belga.

Sergio Pérez teve um péssimo arranque e ficou afastado da liderança naqueles primeiros metros da corrida, mas beneficiou do toque entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso, conseguindo recuperar 3 posições. A partir desse momento, tentou pressionar Carlos Sainz, mas toda a equipa estava concentrada na recuperação de Verstappen. Sem erros cometidos depois do arranque, Pérez mereceu o pódio conquistado, mas realmente o mexicano não consegue retirar tanto do RB18 como o seu companheiro de equipa.

A Ferrari parece ter “andado” para trás. Na corrida, não teve ritmo para segurar o ímpeto de Verstappen nem para responder a Pérez e esteve em luta com o único carro da Mercedes em prova. George Russell conseguiu manter a distância para Charles Leclerc e pressionou até à última volta o terceiro posto de Carlos Sainz. Parece que a diretiva técnica pesou mais no desempenho dos Ferrari do que nos Red Bull, assim como parece ter acontecido aos Haas, que apenas terminaram na frente do Williams de Latifi. A Ferrari colocou em risco o quinto posto de Leclerc na tentativa de estabelecer a volta mais rápida, quando foi ultrapassado por Fernando Alonso na reta Kemmel e penalizado após terminar a corrida – por exceder o limite de velocidade no pitlane – sendo esta mais uma decisão que levanta muitas dúvidas.

A Mercedes, depois de dois dias difíceis na Bélgica, terminou com um único carro em prova, depois de um erro de Lewis Hamilton na volta de abertura da corrida. George Russell conseguiu manter em sentido os dois Ferrari, mas teve um pequeno erro na fase em que estava a aproximar-se. Hamilton só se pode queixar dele próprio. A ultrapassagem parecia estar concluída e teria chegado ao segundo posto, mas o toque com Alonso colocou-o de fora da corrida e danificou o Alpine do espanhol, que perdeu algum desempenho.

Na Alpine, Esteban Ocon tirou partido da competitividade do A522 e subiu muito na classificação. Ficará na memória a ultrapassagem a lembrar a de Mika Hakkinen a Michael Schumacher, depois de ter estado envolvido na discussão do sétimo lugar no meio de um “mini-pelotão” com Sebastian Vettel e Pierre Gasly. Fernando Alonso teve uma excelente partida, mais uma vez, e foi tocado por Hamilton. Parece ter perdido algum desempenho, ainda assim terminou no quinto posto depois do erro cometido pela Ferrari quando chamou Leclerc para tentarem a volta mais rápida.

Sebastian Vettel fez uma boa corrida, esteve sempre na discussão por um lugar pontuável e acabou por ter uma corrida animada, terminando no 8º lugar. Uma boa corrida para a Aston Martin depois de algumas dificuldades no resto do fim de semana. Lance Stroll acabou fora dos pontos, mas esteve na luta pelo décimo posto com Alexander Albon e levou a melhor sobre Lando Norris.

Albon cometeu dois erros, que tivéssemos reparado. Com um mau arranque perdeu algumas posições e a partir daí só podia tentar manter um lugar pontuável. Foi o que fez e somou mais um ponto, nada mau para quem tem um dos carros menos rápidos do pelotão.

Má tarde de domingo para a McLaren e Haas. Na McLaren, Daniel Ricciardo fez uma corrida da frente para trás e não conseguiu somar qualquer ponto, voltando a terminar atrás do seu companheiro de equipa que arrancou do 17º posto da grelha. Lando Norris também ficou fora dos pontos, não conseguindo sequer acompanhar o Alpine de Ocon que largou do 16º lugar. Na luta entre as duas equipas, a Alpine deu mais um bom passo em frente para consolidar o quarto lugar no campeonato de construtores.

A Haas parece ter perdido competitividade nos seus carros, embora ambos apresentassem as atualizações da Hungria. Terminaram nos últimos lugares do pelotão, apenas à frente de Nicholas Latifi que, recordamos, teve uma saída de pista logo no início da corrida e perdeu várias posições.

Um último apontamento para a Alfa Romeo. Ficou sem Valtteri Bottas na fase inicial da prova belga, mas Zhou Guanyu fez o que conseguiu com o carro. Terminou no 14º posto, tendo sido batido por Yuki Tsunoda. Parece que mais do que isso era impossível.

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