GP Alemanha F1: Notas AutoSport (Parte II)

Continuação da avaliação do desempenho dos pilotos e equipas no GP da Alemanha

Force India: Fim de semana atribulado mas dois carros nos pontos

Não foi um fim de semana fácil para a Force India, mas acabou da melhor forma. Esteban Ocon teve uma qualificação para esquecer e explicou que a falta de tempo em pista comprometeu a sua prestação no sábado. A FP1 esteve ao cargo de Nicholas Latifi e como a FP3 foi feita sob chuva intensa, na prática, Ocon teve apenas um treino. Mas compensou isso na corrida, com um excelente andamento e uma recuperação  de sete posições. Pérez teve uma qualificação muito melhor, mas não escapou aos sustos e um pião quando a pista estava mais escorregadia poderia ter acabado com a tarde do mexicano. A estratégia da equipa, que deixou os pilotos em pista, sem arriscar troca para intermédios, resultou e ambos acabaram nos pontos, no que acabou por ser um fim de semana positivo para a equipa que agora está com os mesmo pontos da Haas no campeonato (59) e mais 11 que a McLaren.

Sergio Pérez: Nota 7

Esteban Ocon: Nota 7

Force India: Nota 7

Sauber: Cada vez mais habituados aos pontos

É a quarta vez, em cinco provas , que a Sauber acaba nos pontos. Um feito louvável de uma equipa que assumiu que este ia ser um ano zero. Novo carro, novo nome, nova parceria e pelos vistos novos resultados. Os tempos da Sauber nas últimas posições pertencem ao passado e agora a equipa está apenas a dois pontos da Toro Rosso. Desta vez não foi Leclerc a marcar os pontos. O homem de que se fala conseguiu novamente uma vaga na Q3, mas na corrida as coisas não lhe correram tão bem. A primeira metade foi ao seu estilo… muito rápido e competitivo, sempre nos pontos, mas a troca para os intermédios estragou-lhe a prova. Como se não bastasse, um pião (daqueles que costumava fazer no início da época) acabou com qualquer tipo de esperança que ainda restasse. Afinal de contas é um rookie e este erro não vem fazer sombra às excelentes prestações do monegasco. Quem aproveitou foi Marcus Ericsson, que sabe que tem de fazer pela vida se quiser manter-se na F1. Na qualificação foi novamente “aniquilado” pelo seu colega, mas na corrida soube evitar os azares e tomar as decisões certas para acabar no nono lugar.

Marcus Ericsson: Nota 7

Charles Leclerc: Nota 6

Sauber: Nota 6

Toro Rosso: Hartley responde

Vai ser preciso muito mais para Brendon Hartley convencer os responsáveis da Toro Rosso mas é um começo. Fez o que pôde com um Toro Rosso que vai perdendo competitividade a cada corrida que passa e aproveitou os azares e penalizações alheias para ficar com o último ponto (desde o Mónaco que a equipa não pontuava). Já Gasly teve uma tarde para esquecer. A troca de motor (o quinto desta época) atirou-o para último lugar, mas o mais caricato foi mesmo a decisão da equipa de colocar pneus de chuva com mais de metade da pista seca. O resultado foi claro um Toro Rosso impossível de conduzir, depois de derreter os pneus passado poucas voltas. As performances da equipa tem estado abaixo do esperado. Já se sabe que Franz Tost tem tendência a exagerar nas previsões e no optimismo de início de época, mas este abaixamento deixa a pensar qual será o maior factor limitador… o chassis ou o motor? Nesta fase deverá ser o chassis que não tem tido tantas melhorias quanto os adversários.

Brendon Hartley: Nota 7

Pierre Gasly: Nota 6

Toro Rosso: Nota 4

McLaren: Nem Alonso os salvou desta vez

Foi provavelmente a exibição mais cinzenta do ano. Vandoorne continua com problemas no carro. Alonso levantou um pouco o véu e explicou que a equipa está a tentar perceber o que provoca a diminuição do apoio aerodinâmico do carro do colega,  um dos melhores que já teve, nas palavras do campeão espanhol. Na corrida, o monolugar do belga ameaçou parar a meio, mas ainda assim manteve-se em pista e acabou a corrida, que neste não serve de consolação, mas foi o melhor que Vandoorne poderia ter feito. Já Alonso pareceu apático e sem chama. Não discutiu uma ultrapassagem, abriu a porta a Hamilton e a Ricciardo e não se viu a garra de outras corridas, Esteve longe do Alonso a que nos acostumamos. Mas com a situação actual ninguém o censura. Acabou por desistir com “problemas” no carro.

Stoffel Vandoorne: Nota 6

Fernando Alonso: Nota 5

McLaren: Nota 3

Williams: Finalmente sinal de melhoras

Não foram sinais significativos, mas pelo menos há sinais de que a Williams está a tentar sair do marasmo. Uma nova asa dianteira foi testada e as primeiras impressões foram positivas. Sirotkin esteve acima de Stroll e o “score” é de 7-4 em qualificação, a favor do russo, que esteve melhor em todos os capítulos em relação a Stroll, que este ano continua sem convencer. Não é o melhor dos cenários para mostrar talento mas exige-se mais a um piloto que quer ir para a Force India, equipa habituada a pilotos com muita qualidade.

Sergey Sirotkin: Nota 6

Lance Stroll: Nota 4

Williams: Nota 5

No próximo fim de semana teremos a última ronda antes da paragem de verão, em Hungaroring.