GP Abu Dhabi F1: 19ª vitória do ano para Max Verstappen, Mercedes ‘bate’ Ferrari

Por a 26 Novembro 2023 14:38

Max Verstappen (Red Bull RB19/RBPT) assegura em Abu Dhabi a sua 54ª vitória na carreira, a 19ª do ano, e desta forma isola-se no 3º lugar dos pilotos mais vitoriosos da história da F1, somente atrás de Lewis Hamilton e Michael Schumacher. Chega também aos 21 pódios, o que é também um novo recorde pessoal, num ano que termina em beleza para si e para a equipa, depois de mais uma corrida em que dominou de fio a pavio, controlando a corrida a seu bel prazer.

Só na fase inicial teve alguma oposição de Charles Leclerc, mas depressa se desenvencilhar da Ferrari, entrando em velocidade-cruzeiro para mais uma vitória.

Segundo lugar para Charles Leclerc (Ferrari SF-23), que bem tentou assegurar os pontos que a Ferrari precisava para bater a Mercedes na luta renhida pelo segundo lugar na classificação dos construtores, mas George Russell conseguiu terminar no pódio, fruto da penalização de Sérgio Pérez e com isso a Mercedes manteve-se na frente da Ferrari na classificação dos Construtores

Leclerc deixou passar Perez de modo a que eventualmente Russell ficasse a mais de cinco segundos, mas não foi isso que sucedeu e a Mercedes ficou na frente da Ferrari na luta pelo segundo lugar do Mundial de Construtores

Russell terminou em quarto na pista, que com a penalização de Perez significou um pódio. O piloto da Mercedes fez uma boa corrida e ajudou a assegurar a posição da equipa no Mundial, com Lewis Hamilton ainda a terminar em nono.

Um quarto posto agridoce para Sergio Perez (Red Bull RB19/RBPT) que depois de arrancar em sexto fez o seu trabalho a subir na classificação, foi à procura do pódio, mas cometeu um erro na sua luta com Lando Norris e foi penalizado em cinco segundos, o que o fez cair para fora do pódio e para trás de George Russell. O mexicano passou Piastri após as primeiras paragens, começou em nono, na volta 27 estava em 6º, aproximou-se de Norris, mergulhou por dentro na Curva 6 e ambos tocaram-se, com Norris a ter de se desviar e ir pela escapatória. Ficou para trás, na volta seguinte, Perez ultrapassou o McLaren na mesma curva, mas recebeu depois uma penalização de cinco segundos pela colisão com Norris.

Lando Norris (McLaren MCL60/Mercedes) partiu em quinto e terminou na mesma posição, em quinto. Fez uma corrida apagada, mas a um nível alto, pois agora já se espera mais da McLaren. Durante muito tempo os McLaren andaram ‘amorfos’ em pista. Passou cedo o seu colega de equipa, Oscar Piastri, foi atrás de Leclerc mas depressa se viu que o McLaren não tinha o ritmo necessário para chegar mais longe, especialmente em reta e com mais carga de combustível.

Oscar Piastri (McLaren MCL60/Mercedes) arrancou de terceiro mas depressa se percebeu que não iria ter ritmo para manter a posição. teve algumas boas lutas em pista, mas foi “andando para trás” terminando em sexto, atrás do seu colega de equipa.

Fernando Alonso (Aston Martin AMR23/Mercedes) foi outro dos pilotos que terminou exatamente na mesma posição em que arrancou, o sétimo lugar. Sem velocidade nas retas, o espanhol voltou às mensagens ‘ríspidas’ na rádio ao dizer que eram os mais lentos em reta “de longe…”

Antes do meio da corrida Alonso lutava com Piastri pelo oitavo lugar.

Mais à frente, teve um ‘qui pro quo’ com Hamilton que o acusou de um ‘brake test’, algo que a direção corrida irá analisar após a corrida. Terminou longe dos dois McLaren.

Yuki Tsunoda (AlphaTauri AT04/Honda) foi oitavo, tentou uma estratégia arriscada depois de arrancar da sexta posição, andou muito tempo num sobe e desce, chegou a colocar a AlphaTauri na frente da Williams no Mundial de Construtores, mas as contas só se fazem no fim e aí os quatro pontos que obteve não foram suficientes para bater a Williams, que dessa forma ficou na sétima posição do Mundial, três pontos na frente da AlphaTauri.

Com uma estratégia de apenas uma paragem, chegou a rodar na 3ª posição, mas era certo que iria cair na classificação, a questão era, até onde. Adversário após adversário, foi caindo, e só conseguiu ser oitavo. não chegou.

Lewis Hamilton (Mercedes W14) terminou em nono, depois de arrancar de 11º e teve uma corrida muito pobre, aliás, todo o fim de semana foi mau para o piloto inglês, que ainda assim contribuiu com dois pontos para ajudar a equipa a manter-se na frente da Ferrari. Por acaso, não foram necessários, mas o erro que cometeu já na última volta quando tentava passar Tsunoda, fê-lo, mas ‘perdeu’ o carro logo a seguir e foi passado novamente pelo japonês.

O toque em Gasly logo no arranque da corrida foi o ponto de partida para a má corrida de Hamilton. O piloto do Alpine bloqueou as rodas, e Hamilton deslizou para a traseira do monolugar do francês.

Depois disso, foi quase sempre muito lento, o toque não terá ajudado, mas já antes disso estava lento. Até Toto Wolff veio ao rádio encorajá-lo.

Não há outra forma de resumir, foi um fim de semana miserável para o sete vezes campeão do Mundo de F1.

Lance Stroll (Aston Martin AMR23/Mercedes) arrancou do 13º lugar da grelha e assegurou o último ponto, com o 10º lugar, terminando como o melhor dos três pilotos a iniciar a corrida com os pneus duros. A estratégia deu resultado, talvez não tanto quanto esperavam, mas termina o ano novamente nos pontos, o que depois das muitas críticas que sofreu, fez o suficiente para as ‘abafar’…

Estendeu até ao máximo o seu primeiro stint, mas depois acabou por ir duas vezes às boxes.

Daniel Ricciardo (AlphaTauri AT04/Honda) foi 11º depois de arrancar da 15ª posição, teve o azar de ter que parar muito cedo para remover uma pala da viseira do seu capacete que ficou a tapar a conduta de um travão dianteiro, acabando por terminar fora dos pontos.

Esteban Ocon (Alpine A523/Renault) foi 12º na frente de Pierre Gasly (Alpine A523/Renault). Desde Itália que tinha, pelo menos um carro, nos pontos. Maus demais para ser verdade numa equipa em que o que mais sobressaiu foi o facto de Pierre Gasly ter ficado furioso por ter sido mandado parar duas voltas depois do seu companheiro de equipa Esteban Ocon na primeira ronda de paragens nas boxes, tendo sofrido alguns danos ao ser abalroado por Hamilton. Gasly terminou em 13º, quase quatro segundos atrás de Ocon, com os dois Alpine a ficarem muito longe da luta pelo top 10.

Carlos Sainz (Ferrari SF-23) terminou numa pior posição, 18º do que a que partiu, 16º. Chegou a ser oitavo, mas a necessidade de fazer uma segunda paragem muito tardia, significava que ele nunca iria manter esse resultado, e a Ferrari apostou e esperou por um Safety Car que nunca chegou e essa era realmente a única esperança de Sainz de bater Hamilton para garantir os pontos extras que a Ferrari precisava na luta pelo segundo lugar. Sainz acabou por abandonar, ficando classificado em 18º.

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Pity
Pity
5 meses atrás

O Charlinho anda a tirar umas aulas de estratégia com o Carlitos 🙂 Bem engendrado, mas não resultou. Se tivesse sido umas duas voltas antes, não sei não. Em contrapartida, a estratégia da Ferrari com o Sainz foi um desastre, e foi o que valeu à Mercedes. Gostei da primeira volta entre o Max e o Leclerc, grande luta, mas sem estragarem os carros. Boa corrida do Russell, os McLaren um pouco abaixo do que esperava, mas com Piastri a envolver-se numas lutas jeitosas. Boa recuperação do Perez, mas teve de borrar a pintura mais uma vez. (Espero que ele… Ler mais »

Pity
Pity
Reply to  Pity
5 meses atrás

Rectificação: sobre a penalização de Perez: onde se lê “Gasly” deve ler-se “Norris” e “inglês” em vez de “francês”.

leandro.marques
Reply to  Pity
5 meses atrás

Nao tem que culpar Lando mas deixar o carro sair largo nas travagens geralmente tem dado incidente de corrida.

Pity
Pity
Reply to  leandro.marques
5 meses atrás

Depende. Cada caso é um caso, não há duas situações iguais, por mais parecidas que possam parecer. Esta era clara: empurrou o adversário para fora de pista.

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