Fórmula 1: Pilotos 2020

Por a 2 Julho 2020 10:41

Com a época de Fórmula 1 à porta, recordamos o plantel que mudou pouco (regressou Esteban Ocon, estreia-se Michael Latifi) mas que vai baralhar-se por completo na próxima época.

Lewis Hamilton

Campeão do Mundo parte para 2020 com o propósito de fazer história, igualar os sete títulos de Michael Schumacher. O inglês tem estado nos últimos anos a um nível elevadíssimo, parecendo ter algo sempre guardado para quando é desafiado e não parece estar pronto para abrandar. Apesar de não o ser oficialmente, Hamilton é o verdadeiro líder em pista da Mercedes, o que o ajuda alcançar aqueles dois décimos de segundo especiais a que apenas os grandes conseguem. Resta saber se este ano precisa de os ir buscar. Seja como for, parte como favorito.

Valtteri Bottas

Bottas viu o seu contrato estendido mais um ano, mas esta é uma temporada em que voltará a ter de dar o seu melhor, se quiser manter-se na equipa. Ser colega de equipa de Lewis Hamilton não é fácil, mas durante a sua permanência tem mostrado alguns momentos em que se mostrou capaz de replicar as performances de Hamilton, faltando-lhe, no entanto, consistência. Será este ano em que Bottas conseguirá elevar o seu nível e desafiar Hamilton?

Sebastian Vettel

Vettel tem vindo a assinar temporadas dececionantes pejadas de erros que contribuíram, decisivamente, para ter perdido um título para Lewis Hamilton e para se ver numa posição fragilizada no seio da Ferrari perante Charles Leclerc. De saída da equipa, estará mais descontraído e com alguma ‘raiva’ e por isso pode superar-se para bater um colega de equipa que se assume como futuro da Scuderia. A questão passa por saber se tem ainda essa capacidade.

Charles Leclerc

Leclerc parte para a temporada de 2020 com uma extensão de contrato que o levará a ficar na Ferrari até ao final de 2024, o que evidencia a confiança que a equipa tem em si. No entanto, se quiser, de facto, assumir-se como o ponta de lança terá de se ver livre de alguns dos erros que cometeu na temporada passada. Contudo, mostrou ser capaz de aprender com as próprias falhas, evoluindo consistentemente ao longo da época. Fica por perceber se terá a experiência necessária para se bater com Hamilton e/ou Verstappen.

Max Verstappen

O holandês é uma força da natureza com um talento natural fabuloso e uma confiança aterradora, o que lhe garante uma rapidez que não mede meças a ninguém. No entanto, apesar de ter melhorado bastante após o seu despiste nos treinos-livres do Grande Prémio do Mónaco de 2018, durante a temporada passada ainda cometeu alguns erros que, numa eventual luta pelo título, lhe poderão custar pontos. Porém, o Red Bull deste ano parece ser um claro passo em frente e, se aprimorar a sua abordagem a algumas lutas, será seguramente um adversário de peso.

Alex Albon

Depois de no ano passado ter ingressado na Red Bull a meio da temporada, esta época o tailandês terá a sua primeira época completa numa equipa de ponta e o seu nível terá de subir, obrigatoriamente. A esfera da Red Bull já mostrou abundantemente que não tem paciência para pilotos que operam aquém do desejado, e não terão pejo em enviar Albon de volta para a AlphaTauri. O jovem tailandês já mostrou, contudo, rapidez, e este ano terá de ser consistente.

Lando Norris

Foi uma das estrelas de 2019, tendo se mostrado rápido e consistente ao longo da temporada. Para 2020 espera-se que Norris continue a evoluir e a mostrar ser um campeão do futuro, mantendo-se ao nível do seu colega de equipa, de forma a ajudar a McLaren a continuar na luta pelo quarto lugar do Campeonato de Construtores.

Carlos Sainz

O espanhol assinou em 2019 a melhor temporada da sua carreira na F1 – já tem contrato com a Ferrari – mostrou-se consistente e rápido, aproveitando o potencial do seu McLaren e se o MCL35 Renault se mostrar um passo em frente relativamente ao seu antecessor, então poderemos ver mais algumas prestações de encher o olho da parte do espanhol.

Daniel Ricciardo

O australiano teve um mau 2019 e o carro deste ano da Renault não mostrou estar à frente do segundo pelotão, podendo Ricciardo ter mais uma época de luta por lugares secundários. O ano passado dominou completamente Hulkenberg, mas este terá um jovem desejoso de provar o seu valor, o que poderá não ser uma tarefa simples. Tem contrato assinado com a McLaren para 2020, mas este ano terá de voltar a ser o líder da Renault.

Esteban Ocon

O jovem francês regressa este ano à competição depois de um ano como piloto de testes da Mercedes. É natural que no início da temporada o ano sabático se faça notar nos arranques e nas lutas corpo a corpo, mas com o decorrer da época espera-se que Ocon possa aproximar-se e, pelo menos, pressionar Daniel Ricciardo. Se não conseguir atingir estes objectivos, a percepção que ainda existe de que o gaulês é um piloto de futuro poderá sair diminuída.

Sérgio Pérez

O mexicano tem vindo a assumir-se como um piloto muito consistente capaz de garantir resultados a uma equipa do segundo pelotão, o que lhe permitiu assegurar um volante na Racing Point, que no próximo ano chamar-se-á Aston Martin, até ao final de 2022. O Racing Point deste ano, com um novo conceito, parece ser o carro a bater entre o segundo pelotão, o que poderá permitir a Pérez ser um candidato regular aos melhores lugares atrás das três grandes.

Lance Stroll

O canadiano não teve uma temporada brilhante em 2019, vendo-se batido claramente por Sérgio Pérez em qualificação, sendo um dos habituais candidatos a ser eliminado logo na Q1. Em corrida as suas prestações foram mais positivas, mas normalmente, prejudicadas pela qualificação. Com um Racing Point mais competitivo este ano a pressão está do lado de Stroll para melhorar as suas performances e secundar de uma forma efectiva o seu colega de equipa.

Kimi Raikkonen

O finlandês é o piloto mais velho em pista, mas nem por isso deixa de mostrar motivação para continuar na F1 onde continua a ser uma mais-valia. Iniciou bem temporada passada, mas foi perdendo ritmo, tal como a equipa. Este ano o Iceman terá de continuar a mostrar o desejo de competir e num segundo pelotão tão competitivo a sua experiência será um aspeto a ter em conta. Se o colega o começar a bater talvez seja esta a sua última temporada.

Antonio Giovinazzi

O italiano teve um início de temporada difícil o ano passado e o despiste na penúltima volta do GP da Bélgica, quando rodava em oitavo, foi-lhe custoso, mas depois deu um passo em frente e passou esgrimir-se com Kimi Raikkonen. O azar de Giovinazzi foi que a sua subida de forma coincidiu com a quebra competitiva da equipa. Espera-se que este ano o transalpino possa continuar o bom final de temporada passada, senão o seu lugar está em risco.

Daniil Kvyat

O russo teve uma temporada sólida no seu regresso à Toro Rosso, depois de ter sido despedido. Conseguiu um pódio no louco GP da Alemanha e não perdeu muito quer para Alex Albon quer para Pierre Gasly, contudo, quando foi preciso encontrar um substituto para o desapontante francês na Red Bull, foi o tailandês o escolhido. A decisão dos homens da Red Bull parece não ter tido impacto em Kvyat que se mostrou forte, sendo imperativo que mantenha a sua solidez este ano.

Pierre Gasly

O gaulês teve uma passagem pela Red Bull dececionante, mas a mudança de ares fez-lhe bem, já que depois do verão parecia um piloto novo, voltando a ver-se a rapidez que o tinha promovido à Red Bull. O francês terá de manter e, de preferência, melhorar as performances da ponta final da temporada passada se quiser ser levado em consideração para uma eventual vaga na Red Bull, mas o seu objectivo prioritário terá de ser manter o seu lugar na AlphaTauri.

Kevin Magnussen

A temporada de 2019 do dinamarquês sofreu com os problemas da Haas, que não poucas vezes tinha um carro rápido em qualificação que depois perdia eficácia em corrida. Ainda assim, foi o K-MAG a garantir os melhores resultados da equipa. Sem contrato para lá do final do ano, Magnussen está desejoso de ter um monolugar competitivo para poder provar o seu valor e garantir a sua continuidade na F1, mas para já parece difícil que a Haas tenha dado um passo em frente.

Romain Grosjean

O francês tem se mostrado errático ao longo de toda a sua carreira, mas quando está nos seus dias, é notoriamente rápido. O ano passado foi determinante para que a Haas pudesse apontar um caminho para os problemas técnicos que sentia e isso poderá ter sido importante para que tenha mantido o seu lugar. No entanto, este ano Grosjean terá de se mostrar muito mais consistente para poder continuar a sua carreira na F1.

George Russell

O jovem protegido da Mercedes teve uma temporada de estreia na F1 muito positiva. Este ano, com um rookie como colega de equipa, espera-se que Russell confirme o potencial que se vê nele e, para isso, bater Nicholas Latifi em todas as áreas é absolutamente necessário e, se o Williams permitir, lutar por alguns pontos ao longo da época.

Nicholas Latifi

O jovem canadiano chega à F1 muito bem preparado, tendo testado e realizado sessões de treinos-livres anteriormente com a Renault, Force India e Williams, equipa cujas cores defende este ano. Espera-se, portanto, que se adapte rapidamente ao seu novo mundo e, se bater Russell talvez se mostre uma tarefa a roçar o impossível, aproximar-se das performances do inglês será um bom início.

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