GP da Bélgica de F1: O mercado de pilotos nas equipas do fundo do pelotão

Enquanto subsistem incertezas entre a McLaren e a Alpine sobre a situação de Oscar Piastri, o resto do mercado de pilotos também começa a aquecer.

A Aston Martin parece ser a única equipa entre as atuais últimas cinco da tabela de construtores que tem os lugares definidos para a próxima época, após terem anunciado Fernando Alonso como substituto de Sebastian Vettel e confirmarem a permanência óbvia de Lance Stroll, mas, nesta fase, ainda existem incertezas sobre a constituição das duplas de pilotos para o próximo ano na Alfa Romeo, Haas, Alpha Tauri e Williams.

A dupla da Alfa Romeo tem dado boas impressões nesta primeira metade de época, com Valtteri Bottas a mostrar que pode e sabe ser o líder de uma equipa e fazer performances ao mais alto nível. Já o piloto chinês Guanyu Zhou, único estreante da grelha esta temporada, tem sido uma das boas surpresas da época. O finlandês tem contrato até 2024 com a Alfa Romeo, mas Zhou ainda tem de garantir o seu lugar na equipa, contudo.

Na Haas, Kevin Magnussen teve um regresso glorioso à Fórmula 1 e tem justificado a aposta da Haas ao lhe ter oferecido contrato para esta e para a próxima época. Já Mick Schumacher começou finalmente a capitalizar resultados nas últimas corridas, no entanto, segundo Gunther Steiner, chefe de equipa da Haas, isso não é suficiente para garantir lugar na próxima época, a permanência do piloto alemão na equipa norte-americana vai depender das suas performances neste início de segunda metade da temporada. A Haas mantém todas as opções em aberto e começam a surgir especulações sobre um possível acordo com Giovinazzi, que vai fazer dois treinos livres pela equipa ainda em 2022.

Em terceiro lugar, é extremamente improvável que a Alpha Tauri olhe para fora do grupo de pilotos da Red Bull se decidir substituir Yuki Tsunoda. O piloto japonês teve um bom início, mas o seu nível foi caindo à medida que a época avançava e, neste momento, ainda tem de fazer para garantir o seu lugar para a próxima temporada. É muito possível que a dupla permaneça inalterada em 2023, mas nomes como Liam Lawson ou Dennis Hauger são possibilidades em cima da mesa.

Piastri era o principal favorito a ocupar o lugar disponível na Williams em 2023, mas com essa hipótese agora totalmente desvanecida, ainda é incerto quem será o colega de Alex Albon, que renovou com a equipa de Groove por várias temporadas. Nicholas Latifi tem estado a ter uma época para esquecer, no entanto, parecia ser o favorito a permanecer com a Williams, ao passo que a outra hipótese seria Logan Sargeant, porém o piloto norte-americano ainda só está no seu primeiro ano na F2 e, apesar dos grandes resultados na época de estreia, é provável que permaneça na competição por mais uma época, para adquirir mais experiência.

A todas estas equações, juntou-se agora Daniel Ricciardo, que ficou livre no mercado e poderá ser opção para qualquer equipa que não tenha o seu alinhamento definido. O australiano tem tudo o que agrada a uma equipa e mesmo os maus resultados na McLaren diminuirão o interesse por parte destas estruturas que poderão ter um upgrade tremendo de qualidade. Tudo em aberto.