Fórmula 1: Alfa Romeo ainda não é financeiramente sustentável

O regulamento financeiro em vigor na Fórmula 1 impõe um limite orçamental às equipas, numa tentativa de nivelar todo o pelotão em termos de gastos por época, mas também para fazer com que o campeonato seja atrativo para os parceiros, sem que existam um escalar dos custos.

Persistem dúvidas sobre a capacidade de monitorização por parte da FIA, no entanto o limite orçamental tem sido apontado como sendo um fator que beneficia a Fórmula 1. Ainda assim, Frédéric Vasseur salienta que mesmo com a situação financeira das equipas de Fórmula 1 cada vez melhor, a Alpha Romeo continua sem ser financeiramente sustentável.

“O valor das equipas aumenta porque a Fórmula 1 é tão bem-sucedida, porque há um limite de custos e também porque as diferenças no pelotão diminuíram”, explicou Vasseur. “Somos todos capazes de lutar pelo quinto lugar. Para qualquer patrocinador, a motivação é muito maior para apoiar uma equipa quando sabe que podem realmente conseguir algo. O clima mudou. A Fórmula 1 ficou mais atrativa para patrocinadores.”

O responsável da Alfa Romeo admite que é necessário manter a estabilidade na competição para que as equipas consigam ganhar dinheiro. “Graças ao limite nos gastos e a uma distribuição mais justa dos prémios, as equipas estão em melhor situação financeira. Ainda não somos ​​financeiramente sustentáveis, mas estamos bem encaminhados. […] Há mais estabilidade. Temos que ter cuidado para nos mantermos assim. Nos últimos 25 anos sempre houve altos e baixos”, lembrou o responsável da Alfa Romeo.

Sobre o mesmo assunto, Mattia Binotto da Ferrari, avisou que nem as maiores equipas da Fórmula 1 têm as contas com saldo positivo. “Não acho que nenhum dos três fabricantes de motores ganha dinheiro com a Fórmula 1”, disse o homem-forte da Ferrari, acrescentando que “o nosso saldo está melhor do que antes, mas ainda não é positivo. No futuro, o teto orçamental para os fabricantes de motores certamente ajudará”, concluiu.