Fórmula 1: Negócio entre Porsche e Red Bull pode estar em risco

A parceria entre Porsche e Red Bull pode estar em vias de não acontecer, isto numa altura em que se acreditava que seria anunciado a entrada da marca germânica no próximo fim de semana em Zandvoort. Segundo relatos da publicação alemã Auto Motor und Sport, a Red Bull tem algum receio da influência que o fabricante de automóveis do grupo Volkswagen terá na eventualidade de uma compra de 50% das ações da equipa.

Na Áustria, a Red Bull queria ter anunciado a parceria, segundo a mesma fonte, mas ainda sem a aprovação em Conselho Mundial da FIA do regulamento da próxima geração de unidades motrizes, a Porsche não arriscou. Entre essa altura e o presente, a Red Bull terá ganhado alguma vantagem nas negociações com os alemães, visto que a Honda mostrou interesse no regresso à Fórmula 1, tendo inclusivamente prolongado a parceria técnica com a estrutura de Milton Keynes. A parceria deveria terminar em 2023, mas um novo acordo entre ambas as partes, estendeu o prazo até 2025, último ano do atual regulamento para as unidades motrizes.

Helmut Marko admitiu que o acordo entre Red Bull e Porsche não está pronto para ser finalizado porque se trata de uma “situação complexa”, enquanto o chefe de equipa Christian Horner salientou que “há ainda muitos detalhes para esclarecer. Porsche é bem-vinda, mas o assunto não é assim tão simples”.

Na sequência da decisão da Honda de sair oficialmente da Fórmula 1 no final do ano passado, a Red Bull criou a sua própria divisão de produção de motores, a Red Bull Powertrains, que já conta com 300 funcionários, alguns deles contratados a outras equipas e atraídos pelo projeto de grande envergadura.

Com a Honda mais interessada e uma redução da esfera de influência da Red Bull na Fórmula 1 com a compra por parte da Porsche, em Milton Keynes parecem estar a analisar se os 85 mil milhões de dólares que os alemães devem pagar são suficientes ou se preferem continuar o seu caminho na competição como até agora o fizeram.