Fórmula 1: A importância da fiabilidade para o sucesso de uma equipa

Em 2014 dava-se início a uma nova era totalmente revolucionária na Fórmula 1. As alterações no regulamento e a nova unidade motriz híbrida V6 perturbaram o equilíbrio entre as equipas da modalidade rainha do desporto motorizado, dando início a um longo reinado de superioridade da Mercedes.

No entanto, para alcançar um período tão grande com tal domínio, uma equipa não se pode confiar apenas na performance do carro ou na rapidez dos pilotos. É preciso mais. É preciso toda uma equipa por detrás que garanta estabilidade, que não cometa erros e que maximize o potencial de cada elemento do carro, sem colocar em causa a sua fiabilidade. É desta fibra que é feita a Mercedes.

Desde o início da era híbrida, a equipa de Brackley é a que contabiliza o menor número de abandonos, apenas 23 em 173 corridas realizadas na era híbrida. Se multiplicarmos o número de corridas por dois, uma vez que uma equipa tem sempre dois pilotos em pista, este número equivale a uma percentagem de apenas 6,65% de DNF’s desde o início da era híbrida.

Este número pode ser uma vez mais consolidado na presente época de 2022, em 13 corridas de George Russell e Lewis Hamilton, a Mercedes apenas contabiliza um DNF, ocorrido no Grande Prémio da Grã-Bretanha, provocado por um acidente que colocou Russell de fora. Uma pequena percentagem de 3,85% de desistências em 2022, época com novos regulamentos técnicos, é muito impressionante.

Para termos de comparação, em último lugar desta estatística aparece a Alpine, com 85 abandonos, o que equivale a uma percentagem de 24,57% de DNFs em toda a era híbrida, que explica o facto de um construtor grande como a Renault ainda não ter sequer ‘lutado’ por um título desde 2014 – a unidade motriz da Renault foi sempre muito pouco fiável na última década.

Aqui fica o gráfico completo com o número total de abandonos das dez equipas da grelha durante toda a era híbrida: