F1, Notas AutoSport: Williams à procura da luz ao fundo do túnel

Por a 12 Agosto 2019 14:35

2019 está a ser um ano muito duro para a Williams. A equipa tinha a esperança de ter deixado o mau momento de 2018 para trás, mas 2019 trouxe ainda mais problemas e desilusões.

2018 foi um ano mau em vários aspectos para a Williams. Depois de terem ficado em terceiro nas épocas 2014 e 2015 e em quinto em 2016 e 2017, já em claro declínio, a equipa apostou num novo conceito para o carro. A filosofia de baixo arrasto esgotou-se e a equipa procurou mais apoio aerodinâmico. A aposta correu mal… muito mal. A equipa fez um carro pouco competitivo, difícil de controlar e sem capacidade para igualar o ritmo das equipas do meio da tabela. A Williams caiu irremediavelmente para o último lugar da tabela.

A situação exigiu mudanças no plano técnico. Algumas elementos saíram e outros foram recolocados. Paddy Lowe reformulou tudo de forma a ter uma estrutura mais capaz de lidar com os desafios da F1. No entanto 2019 não trouxe melhorias… pelo contrário.

Os atrasos na construção do carro, os erros no desenho do mesmo e a falta de competitividade comprometeram o resto da época. Ainda não tinha chegado a Barcelona e a equipa já sabia que 2019 seria longo e penoso. A reestruturação não surtiu efeito, Paddy Lowe afastou-se, primeiro sob licença, e depois a titulo definitivo.

As primeiras provas confirmaram o pior cenário… George Russell ficou a 3.9 segundos do tempo da pole, a prova do muito trabalho que a equipa tinha pela frente. As piores equipas na qualificação ficaram a 2.5 segundos do tempo de Lewis Hamilton. Foi preciso esperar até ao GP da Áustria para vermos alguma evolução nos tempos. Russell ficou pela primeira vez a menos de três segundos do melhor tempo e duas corridas depois ficou a pouco mais de 2.5 segundos da referência. Na Hungria ficaram muito perto da Q2 e na Alemanha Robert Kubica marcou o primeiro ponto da equipa. Nota-se evolução e trabalho, mas infelizmente é ainda pouco para que cheguem à luta no meio da tabela, algo que dificilmente acontecerá este ano.

George Russell – Nem a falta de andamento do carro disfarça o seu talento

Russell é um jovem talento que tem tudo para ser um das referências do futuro da F1. Rápido, com uma maturidade acima da média, venceu em praticamente todas as categorias em que participou e chegou à F1 sob a protecção da Mercedes. Não está a ter um ano de estreia fácil, mais ainda vendo os seus colegas Alex Albon e Lando Norris a serem o centro das atenções, enquanto ele tem de se contentar com um papel secundário. Mas tem sido ele a levar a equipa para a frente e é com ele que a equipa conta para o futuro a curto prazo. A Mercedes aposta nele para as lutas do futuro contra Leclerc e Verstappen, mas para já prefere deixar o jovem britânico a crescer na Williams. Não desiludiu e tem “pinta” de campeão. Apesar de ser o único sem pontos, é claramente um dos pilotos que mais tem impressionado.

Robert Kubica – O sonho realizado

Desde o acidente que quase lhe roubava a carreira (e a vida), Kubica sonhou com o regresso à F1. Demorou, o caminho foi longo e penoso, mas o polaco conseguiu. Só isso é a maior vitória da sua carreira. Uma vez chegado à F1 o desafio seria ainda maior… Provar que tem capacidade para estar entre os melhores, lugar que era seu quando o destino lhe pregou uma partida, seria sempre difícil e os resultado não convencem. Apesar de toda a determinação e coragem, a velocidade do piloto não é a ideal, comparando com o seu colega de equipa. Chegaram a correr rumores da sua substituição na Williams, mas o piloto mantém-se na F1 e até já conquistou um ponto. Kubica terá de fazer mais para provar que tem capacidade para ficar na F1. Mas o seu regresso será sempre um dos pontos altos da época.

Williams: Nota 4 – uma equipa com a tradição da Williams não pode começar a época de forma tão desastrada. Os erros cometidos no começo do ano são graves e não deveriam ter acontecido. Felizmente a equipa mostra alguma evolução mas terá de trabalhar muito, e de forma eficaz para recuperar o grande atraso. O foco deve estar já em 2021 pois a curto prazo será difícil chegar ao resto da concorrência.

George Russell: Nota 8 – pode parecer uma nota um pouco inflacionada, mas a qualidade a postura do piloto numa situação difícil merecem destaque. No ano passado Lance Stroll não teve a mesma postura quando confrontado com um cenário similar. Russell tem sido sempre o mais rápido da equipa e talvez no único erro grave que cometeu ficou sem a hipótese de marcar o mais que merecido ponto. Vai dar que falar no futuro.

Robert Kubica: Nota 6 – por tudo o que passou até chegar à F1, merecerá sempre uma menção honrosa. Poucos teriam a capacidade e tenacidade de voltar ao grande circo como ele fez. O ritmo não tem sido o ideal, mas não tem cometido erros graves. Tem de fazer mais para provar que merece continuar.

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