F1: O top 5 das desilusões em 2019

Por a 5 Dezembro 2019 16:30

Se 2019 teve muitos pontos positivos a serem destacados, também houve equipas e pilotos que não conseguiram corresponder às expectativas criadas.

Este é o meu top 5 das desilusões de 2019:

#1 – Renault

Sem dúvida a grande desilusão de 2019. Uma equipa que prometeu muito, que assumiu o desafio de tentar chegar às equipas do top 3 e que era a melhor colocada para o fazer, de todas as equipas do meio da tabela. Desenvolveu bem a sua unidade motriz, mas falhou redondamente no chassis. Apenas na última parte do ano conseguiu, a espaços, igualar a McLaren e sofreu muito com a falta de fiabilidade. Não conseguiu aproveitar uma das melhores duplas do grid, Daniel Ricciardo e Nico Hulkenberg e assegurou o quinto lugar embora o sabor desta conquista seja algo amargo. A Renault ficou a 54 pontos da McLaren, sua cliente, e nunca demonstrou capacidade para mais. Os seus responsáveis voltaram a falar em reestruturação e em mudança, mas o discurso é semelhante ao de outras épocas. A valia da sua unidade motriz também ainda não convence e a McLaren irá trocar passar a receber unidades da Mercedes, ficando a Renault apenas a fornecer-se a si própria. Há qualidade na equipa, há potencial, mas parece faltar rumo. Esperava-se muito mais da Renault.

#2 – Ferrari

O início da época prometeu muito. A Ferrari parecia finalmente ter tudo para enfrentar a Mercedes e tentar o título. Mas os erros do passado voltaram a atormentar a equipa. Primeiro a gestão das corridas nem sempre foi a melhor com algumas decisões estratégicas duvidosas. Segundo, a gestão dos pilotos também não foi a melhor e a luta interna entre Sebastian Vettel e Charles Leclerc tomou proporções pouco saudáveis. Terceiro a filosofia do carro não foi bem escolhida e apenas na segunda metade da época, com uma máquina capaz de igualar a performance da Mercedes em curva, a Ferrari mostrou outros argumentos. A Scuderia tem recursos, tem talento, tem um motor poderoso… tem tudo para lutar por títulos. Mas pequenos erros têm impedido isso. Mattia Binotto pode ser apontado como responsável mas, pessoalmente, acredito que ainda é a pessoa certa no lugar certo. Talvez tenha assumido demasiados papeis e precise delegar algumas tarefas. Mas Binotto foi o foco de estabilidade que a equipa precisou. As performances de Vettel têm de ser incluídas na desilusão Ferrari. O alemão esteve longe do nível que pode e deve estar e foi o espelho da Ferrari, com demasiado erros.

#3 – Haas

De quinta classificada em 2018 para nona em 2019. Um trambolhão na tabela e mais grave ainda na performance. Primeiro a culpa era dos pneus e durante quase meia época essa era a justificação, mas a equipa teve de admitir os erros e olhar para dentro para encontrar soluções. O chassis não teve qualidade para mais e a equipa terá de trabalhar muito mais para voltar ao nível que mostrou no ano passado. Se no ano passado a dupla Kevin Magnussen/ Romain Grosjean fez 93 pontos este ano fez apenas 28, pontuando em apenas cinco corridas. A Haas terá de repensar o chassis para 2020 sem esquecer as mudanças para 2021, tudo isto com um orçamento apertado.

#4 – Williams

Depois de um péssimo 2018, seguiu-se um péssimo 2019. A época começou da pior forma com atrasos significativos na chegada do novo monolugar, o que levou à saída de Paddy Lowe. A equipa dificilmente conseguiria recuperar o tempo perdido e pouco se esperava da equipa este ano. Mas segundo Claire Williams este ano foi de mudança e que vê um futuro mais positivo para a equipa. A grande interrogação está no que a equipa será capaz de fazer em 2020 e se a Williams conseguirá pelo menos aproximar-se dos adversários.

#5 – Lance Stroll / Antonio Giovinazzi

Esta é a dupla que a menos me entusiasmou este ano em pista. Lance Stroll e Antonio Giovinazzi não mostraram muito este ano. No caso do italiano havia uma desculpa, com a falta de ritmo competitivo a ser um fator determinante. Mas não se viu nada de mais por parte de Giovinazzi e embora tenha evoluído, não parece ser um piloto capaz de traz mais à F1. Já no caso de Stroll… foi mais do mesmo. Excelentes arranques, sendo o piloto que mais posições conquistou em 2019 nas largadas, mas pouco mais que isso. Vários erros, pouco ritmo e uma postura nem sempre agradável.

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