F1: O menino Norris cresceu

Por a 7 Julho 2020 13:45

Lando Norris deu um sinal muito positivo na primeira corrida do ano, com uma prestação de grande nível que deu o segundo pódio da McLaren em três corridas. A evolução do piloto foi clara.

Lando Norris chegou à F1 em 2019, rotulado como uma das grandes promessas do futuro. O jovem britânico chegou com Alex Albon e George Russell, ambos com muito talento também mas Norris, sendo o mais novo, era também aquele que parecia precisar de evoluir mais. A F1 é um desporto exigente, duro e a postura de menino reguila de Norris fazia parecer que o jovem precisava de ainda um par de épocas até ter a maturidade necessária, algo que já se notava mais em Albon ou Russell.

Norris pode ser novo, mas isso não faz dele menos inteligente e cedo percebeu que a sua postura bem disposta poderia ser encarada como fraqueza e no final da época passada, assumiu que iria mudar um pouco a sua postura. Mas em pista a sua juventude também era clara. Nas primeiras corridas foi arriscando muito pouco, jogando pela certa, sem ser demasiado agressivo. No final do ano já vimos um pouco mais de agressividade na defesa da sua posição e na forma como atacava, um pouco mais próximo do que o vimos fazer na F2. No geral, Norris fez um excelente ano como rookie, evoluiu e confirmou que tem de facto potencial para voar alto. Mas a primeira corrida de 2020 trouxe algo mais.

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Norris assumiu-se como estrela da equipa no último fim de semana, fez uma qualificação fantástica, com duas voltas de grande nível, quer na Q2 como na Q3. Na corrida esteve sempre sob pressão, mas não claudicou. Teve um ou outro erro, é certo, mas nada que comprometesse a sua posição. Embora o ritmo inicial dos McLaren tenha ficado um pouco abaixo do que se esperava, Norris conseguiu compensar e não perder demasiado tempo, estando no sítio certo à hora certa.

A penalização de Lewis Hamilton após o toque em Albon era a oportunidade de Norris subir ao pódio, ele que já tinha perdido tempo com uma luta bonita com o seu colega Carlos Sainz. A distância ao entrar na última volta era de aproximadamente seis segundos para Hamilton, ou seja o jovem tinha de recuperar um segundo. Foi exatamente isso que fez. Norris assinou a volta mais rápida da prova, sob pressão, sabendo que qualquer erro poderia custar uma tão desejada vaga no pódio. Não errou e conseguiu o seu grande objetivo. Naquela volta pudemos ver que apesar da aparência de miúdo, Norris sabe bem a posição que ocupa.

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Mais ainda, a ultrapassagem a Sergio Pérez talvez não acontecesse no ano passado e este ano, apesar do toque, Norris seguiu, sem acusar a pressão. O #4 foi uma das agradáveis surpresas da primeira corrida. Mais maturidade em pista, mais aguerrido, conseguindo fazer voltas rápidas sem errar. É certo que estamos a falar apenas da primeira do ano e que Norris terá de confirmar que as primeiras impressões são de facto reais. Mas as férias fizeram bem a Norris e parece que subiu um nível e que está pronto para brilhar ainda mais.

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