F1, Notas AutoSport: Alfa Romeo ao ritmo de Kimi Raikkonen

Por a 19 Agosto 2019 11:30

Quem viu a Sauber no início da era turbo-híbrida e vê agora a Alfa Romeo, não pode deixar de ficar agradavelmente surpreendido com a evolução.

A Sauber de 2014 a 2017 arrastou-se pelas pistas com um carro pouco competitivo e com poucas esperanças de se aproximar da concorrência, dadas as dificuldades financeiras que a equipa enfrentava. A chegada de Frédéric Vasseur à estrutura revolucionou o cenário. O francês colocou em prática um plano de recuperação que passou a contar com o apoio mais forte da Ferrari, usando um modelo semelhante ao da Haas.

O impacto de Vasseur na Sauber foi imediato, cancelando o acordo de fornecimento de motores com a Honda no primeiro dia de trabalho, preferindo reforçar os laços com a Ferrari. Foi esta abordagem prática que levou ao surgimento da Alfa Romeo e que colocou a equipa de Hinwill no caminho certo para a recuperação.

Em 2017 a Sauber fez cinco pontos e em 2018 com uma abordagem mais radical no conceito do carro e com mais apoio financeiro, a equipa fez 48. Uma progressão surpreendente e muito positiva. A estrutura Sauber tem conhecimento, qualidade e com o apoio certo poderá voltar a fazer carros com qualidade. A visão de Vasseur abriu o caminho para isso.

Este ano a impressão que fica é que a equipa tem estado menos exuberante mas tal é enganador pois já tem mais pontos marcados este ano em relação a 2018. Ver a Alfa Romeo no top 10 deixou de ser surpresa e as prestações de Kimi Raikkonen em muito têm ajudado. A equipa sabe que tem de evoluir mais se quiser chegar aos objectivos propostos, mas não se pode considerar que tenha sido uma má primeira metade de temporada.

Sem Kimi, o cenário seria muito diferente

A troca de Kimi Raikkonen por Charles Leclerc na Ferrari acabou por não surpreender. O talento de Leclerc era demasiado evidente para não ser aproveitado pela Scuderia. Pensou-se que seria o fim da linha de Raikkonen, mas o finlandês acabou por regressar ao ponto de partida e à estrutura que lhe abriu as portas da F1. Em boa hora o fez para a equipa, pois tem sido ele o piloto em destaque com mais pontos marcados e com uma regularidade a toda a prova. Já António Giovinazzi não tem aproveitado a sua segunda oportunidade na F1. O jovem italiano deu nas vistas na primeira corrida pela Sauber em 2017, mas na China “borrou a pintura”. Regressou à F1 este ano mas não tem sido feliz neste regresso, estando muito longe do seu colega de equipa e sem sinais de melhorias.

Alfa Romeo – Nota 6: 7º lugar – 32 pontos

A Alfa Romeo teve de enfrentar uma concorrência mais forte em relação ao ano passado o que poderá ter disfarçado alguma evolução. As fracas prestações de Giovinazzi também têm prejudicado a posição da equipa na tabela classificativa. Mas a equipa continua o seu caminho e prometeu mais e melhor na segunda metade. Para já o balanço da chegada de Vasseur à equipa é claramente positivo e é legitimo pensar o que seria a Renault nesta fase, se o francês se tivesse mantido na estrutura. Com mais um trabalho bem feito, Vasseur poderá mesmo começar a ser olhado pela Scuderia como uma possibilidade para o futuro.

Kimi Raikkonen – Nota 8: 8º lugar – 31 pontos; melhor resultado – 8º lugar nos GP do Bahrein, França e Hungria.

Está a beira dos 40 anos, mas tem ainda muito para dar. A sua experiência e regularidade tem sido fundamentais na caminhada da Alfa Romeo. Apenas ficou fora dos pontos em quatro ocasiões e ainda não cometeu um erro grave desde que assumiu o lugar. A saída de Leclerc parecia ser uma perda difícil de ser colmatada, mas Raikkonen trouxe outros argumentos que se tornaram fundamentais para a equipa. E o finlandês pode fazer o que gosta, sem a mesma pressão mediática que tinha na Scuderia.

Antonio Giovinazzi – Nota 4: 19º lugar – 1 ponto; melhor resultado – 10º na Áustria

Se Giovinazzi tivesse feito metade dos pontos de Raikkonen a Alfa estaria em luta direta com a McLaren. Isso mostra muito do que tem sido a época do italiano até agora. Esperava-se mais de Giovinazzi que mostrou potencial no GP2, mas está a desaproveitar a oportunidade. Tem agora até ao fim da época para mostrar que pode ser uma solução.

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