F1, Mercedes W15: suspensão dianteira pode ser ‘trunfo’

Por a 28 Fevereiro 2024 19:02

Circula no paddock da F1 um rumor que refere uma possível descoberta da Mercedes que lhe pode levar a que a Mercedes possa ser mais rápida do que o esperado no Bahrein.

Todos os observadores são unânimes que a Red Bull está na frente e Ferrari e Mercedes estão logo a seguir, não muito longe, em ritmo de corrida sendo que os homens de Brackley estão em quarto em qualificação, um pouco mais longe, mas segundo Naomi Schiff revelou na Sky Sports F1: “A série longa de Lewis Hamilton [nos testes de pré-temporada] fez com que algumas pessoas no paddock tenham olhado com atenção para os números pois o ritmo pareceu prometedor, havendo mesmo quem diz que a Mercedes está a fazer mais do que tem mostrado.

Paralelamente, fala-se também na suspensão dianteira e o braço de suspensão como aspetos a seguir com atenção no W15, pois foi detetada uma inovação por parte da Mercedes, que alterou o ângulo de um dos braços da suspensão dianteira para introduzir um maior efeito ‘anti-dive’ (ndr – um design da suspensão que reduz o abaixamento da parte traseira do carro durante a travagem. Como se sabe na travagem o peso é transferido para a frente, o que pode afetar o equilíbrio do carro e dificultar o controle para o piloto pelo que o efeito anti-dive é conseguido através da geometria da suspensão com as molas e amortecedores dianteiros a ser montados num determinado ângulo, de modo que quando o carro trava, a força de travagem comprime as molas e os amortecedores dianteiros, o que, por sua vez, levanta a parte traseira do carro).

Sabe-se que a Mercedes pode mover o braço de suspensão superior em duas posições diferentes com o novo W15 e a Mercedes montou o braço mais abaixo, rodando dessa forma no terceiro dia de testes, provavelmente para encontrar a correlação entre o que viram nos seus dados e o que realmente viram quando o carro rodou dessa forma em pista.

Ao colocarem o braço montado de forma mais ‘extrema’ na suspensão dianteira, na verdade, aparentemente o desempenho foi pior, segundo os pilotos, o que é muito interessante, pois segundo rumores que correm os engenheiros suspeitavam disso mesmo, que a alteração iria piorar o carro e ter um efeito negativo no comportamento de condução, mas mesmo assim experimentaram e só o fariam se acreditassem que poderiam tornar o carro melhor nalguns circuitos e situações, e não o fariam se não acreditassem que havia alguma vantagem potencial a ser conferida em alguns circuitos.

Por outro lado, poderão ter confirmado o que eles pensavam que iria acontecer, piorar o carro, e por isso talvez possam agora confiar, com um maior grau de exatidão que o que vêm nos seus dados de simulação é real e, por isso, em teoria, podem ter conseguido saber que os dados resultantes das simulações no computador são reais, e ter essa certeza é determinante para as alterações que queiram fazer. Resta agora esperar para ver o que sucede em pista.

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