F1: McLaren surpreendida com as equipas da frente

Esperava-se uma época francamente melhor por parte da McLaren. Comparando 2021 com a época atual, temos um claro retrocesso na performance da equipa, que procura ainda algumas soluções para o MCL36, apesar de já estar focada no carro da próxima época.

A McLaren espera em 2023 criar uma base mais competitiva que a atual, evitando um desenvolvimento tão agressivo quanto o deste ano, com várias atualizações que, segundo James Key, têm surtido efeito. Mas são atualizações de vida curta e em cinco ou seis corridas a vantagem competitiva perde-se. A McLaren vai ainda introduzir um novo pacote de upgrades nas próximas corridas, o último deste ano, na esperança de aprender e transportar esse conhecimento para o carro de 2023.

“Eu diria que trouxemos muito para a pista e conseguimos o que queríamos das atualizações”, disse Key, citado pela The Race. “Contudo, penso que o nível que vimos das três equipas de topo mostram o que temos de ser capazes de alcançar. Se começarmos a época com um carro competitivo, podemos adaptar os planos de desenvolvimento a partir daí e fazer menos do que aquilo que fizemos este ano, ao mesmo tempo que nos concentramos mais nas áreas que achamos mais prolíficas. É aí que queremos estar no próximo ano, pois não conseguiríamos manter este nível de desenvolvimento agressivo. Podemos aprender muito com este ano, e a equipa tem feito um grande trabalho para alcançar o que conseguimos”.

Key admitiu que está surpreendido com o trabalho das equipas de topo, o que mostra a grande diferença entre as equipas da frente e as equipas de meio da tabela, mesmo com limite orçamental:

“Estou um pouco surpreendido com a forma como as duas equipas da frente conseguiram encontrar mais desempenho em comparação com todas as outras”, disse Key. “Era um pelotão mais equilibrado no início da época, mas vemos distâncias maiores agora, e devo dizer que a Ferrari e a Red Bull fizeram um excelente trabalho. Mostra que mesmo com um limite de custos, ser uma grande equipa com uma vasta infraestrutura, muito conhecimento e metodologia construída ao longo de muitos anos, ainda conta muito. Temos equilíbrio em termos do orçamento, mas não em termos de onde todos estamos, o que nos dá um excelente ponto de referência”.