F1: McLaren arrisca em 2020

Por a 22 Outubro 2019 13:45

A evolução da McLaren em 2019 tem sido clara. A equipa ocupa o quarto lugar no campeonato de construtores e é claramente a equipa mais forte do meio da tabela, um cenário bem diferente do que víamos há menos de 12 meses, em que se arrastavam pelas pistas.

Com apenas mais um ano com estes regulamentos e com o bom trabalho feito, poderia esperar-se uma continuação no conceito adoptado este ano que tem dado bons resultados e tem permitido uma evolução constante do carro. Mas Andreas Seidl e a McLaren têm outras ideias e irão mudar alguns conceitos no carro. O responsável da equipa considerou que a mudança não era um risco:

“Eu diria que, onde estamos agora, não é um risco, é uma oportunidade. O nosso objectivo é claro: queremos dar o próximo passo. Então, esperamos poder dar o salto e estar mais próximo das equipas de topo, o que seria a próxima grande conquista como equipa”.

Embora a McLaren esteja aberta quanto à existência de mudanças de conceito para o seu projecto 2020, Seidl reafirma que o carro não deve ser considerado revolucionário.

“Eu não chamaria [mudança] radical. Mas com a diferença que temos para os melhores carros, com os mesmos regulamentos, queremos dar um passo decente, o que significa que alguns conceitos do carro mudarão”.

Seidl diz que não vê muito espaço para testar as peças de desenvolvimento para 2020 nesta temporada.

Será que a McLaren faz bem em seguir este caminho? Em 2013, o último ano dos regulamentos antes da era híbrida, a McLaren também adoptou um conceito radicalmente diferente que não deu os efeitos desejados, sendo o início da crise da equipa, que se tem arrastado ao longo dos anos. Em 2012 a equipa tinha um carro competitivo, mas difícil de entender e a equipa quis fazer tudo de novo, mas o resultado foi claramente negativo.

Mas em 2019 o cenário é diferente. A equipa não luta por pódios e está numa clara fase de recuperação. É certo que para 2020 as expectativas serão maiores e será o primeiro ano em que esta nova estrutura apresentará um carro, com James Key ao leme da área técnica. Talvez esta mudança seja um teste para 2021, para entender se a equipa está preparada para as mudanças que estão a chegar. Um teste para entender se a área técnica da equipa trabalha bem e será capaz de enfrentar os novos desafios. É algo arriscado pois um retrocesso poderá aumentar a pressão na equipa, mas a equipa tem pouco a perder e os riscos devem ser tomados agora para preparar 2021. É por isso uma decisão interessante que poderá servir de barómetro às mudanças operadas na equipa. A McLaren parece finalmente com um rumo definido e interessante.

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