F1: Lando Norris admite ter dores nas costas devido à nova geração de monolugares
O ‘porpoising’, ou efeito oscilatório, sentido desde cedo nos novos monolugares de Fórmula 1, produzidos segundo as alterações ao regulamento técnico, foi um dos temas que dominou a temporada passada. Algumas equipas anteciparam o problema e amenizaram os constrangimentos, outras foram apanhadas de surpresa.
Adrian Newey referiu, antes de se iniciar uma nova época da disciplina, que “todos deveriam saber” o efeito que resulta dos carros dependentes dos fundos trabalhados dos ganhos aerodinâmicos que daí resultam, enquanto Pat Symonds, que liderou a equipa que desenvolveu as alterações regulamentares afirmou não ter antecipado esta situação.
Para garantir a saúde dos pilotos, depois de queixas de dores de costas, a FIA decidiu aplicar um conjunto de medidas para resolver o problema, mas não havia previsões que este efeito pudesse desaparecer por completo nos carros de 2023.
A diretiva técnica 39 da FIA que retirou alguma flexibilidade aos fundos dos carros e implementou um novo sensor de frequência e intensidade das oscilações, reduzindo assim o ‘porpoising’ a meio da época de 2022, terá sido revogada pela entidade federativa depois da entrada em vigor das alterações ao regulamento técnico para esta temporada. Com a introdução de novas regras, que resultaram no aumento para 15mm de altura ao solo nas margens dos fundos dos monolugares e a elevação do difusor, a FIA parece não ter visto necessidade de manter a diretiva técnica que muita discussão originou durante a temporada passada. Terá sido deixada de lado a métrica de oscilação aerodinâmica utilizada pelos comissários técnicos da FIA para aferir as oscilações dos monolugares e que tinha entrado em vigor no Grande Prémio da Bélgica de 2022.
Ainda assim, Lando Norris salientou as dificuldades físicas que sente devido à geração de monolugares atuais. “Tenho tido muitas dificuldades com as minhas costas. Tive de fazer mais alguns bancos e treinar muito mais para tentar fortalecer as costas, a zona lombar”, esclareceu o piloto britânico à publicação Speedcafe, acrescentando que “tive muitos problemas nos últimos 12 meses ou mais”.
Norris admitiu que os efeitos negativos no seu corpo eram piores na temporada passada, mas “todos os anos, até à época passada, podia entrar no carro e não fazer qualquer tipo de fisioterapia. Não é a melhor coisa. Sempre o fiz e conseguia safar-me. Agora tenho de a fazer, tenho de fazer alongamentos, tenho de fazer todas estas coisas de manhã e à noite, antes de cada sessão. Se não o fizer, tenho sempre mais dificuldades com as minhas costas”.
O piloto da McLaren esclareceu que teve de jogar menos golf, um dos seus passatempos, para poupar as suas costas, depois de ter tido dificuldade em dormir com as dores que sentia.
Foto: Martin Trenkler
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Malandro do Norris que não se queixou antes….
mais um bebé chorão…. mais um menino…. a ver se a choradeira pega… faz-te homem.. se não tiveres pedalada vai fazer crochet….
Que hão de dizer os pilotos da geração 70 e 80 que além de terem efeito solo tinham que lidar também com as caixas de velocidade manuais turbo lag…etc
Tudo era mais natural
E não havia quase ajudas electrónicas para domar aquelas feras.
Estes pilotos qualquer coisinha….
Enfim…
Já sente a pressão do Piastri.
Anda sempre á frente… Qual pressão???
Mesmo que eu não confie nem um pouco nas reclamações dos pilotos, pois duvido que as fariam se estivessem vencendo corridas, acho que esse efeito porpoising é muito ruim para a imagem do automobilismo.
Alguém disso, fico imaginando o quão mais rápidos esses carros poderiam rodar se usassem suspensões ativas.
Lembro que em algum momento, durante as discussões sobre o desenvolvimento do atual regulamento, cogitou-sr a adoção de uma suspensão ativa padrão.
Creio que teria sido melhor para a F1.
Absolutamente, a F1 é suposto ser o top da tecnologia e andou-se a discutir que os carros andavam aos “saltos”, em que a maioria das equipas não sabia como resolver eficazmente…
A suspensão activa que cada vez mais carros de estrada utilizam, não devia estar proibida.
Tem ai muitos “iluminados” que não tem conhecimento de causa e não sabem a “violência” das forças G e as oscilações dos carros a alta velocidade… Tem ai muitos entendidos do nada e criticam o piloto de forma ignorante e leviana...Vocês são todos engenheiros , pilotos etc…Tanta sabedoria em forma de estupidez...
Sem existir necessidade de insultar, tem razão no comentário. No ano passado após Baku, foi amplamente discutido e o que refere também apareceu, mas como a grande maioria estava a cascar no Hamilton de ser um bébé chorão, ninguém quis dar importância a comentar que o Gasly teve que ir inclusivé ao hospital tal o estado em que se encontrava. O primeiro comentário que coloquei foi mesmo para ver as reacções, se fosse o Hamilton isto enchia, se fosse o Max, também haveria bastantes e em ambas seriam dos anti-qq piloto excepto o “preferido”
Não estou a insultar ninguém… Chamar “iluminados” não é insulto nenhum ,mas sim para alertar que tem pessoas ai que falam ser saber e dizem asneiras de abrir chão e pensam que estão a dizer grandes coisas , a exigência fisica qua F1 é brutal .. Lembro-me o Pedro Lamy disse que quando andou pela 1º vez no F1 parecia que tinha partido o pescoço…
Referia-me à frase “Tanta sabedoria em forma de estupidez..“, lembro-me dessa do Lamy, mas ainda não estava preparado fisicamente. Neste caso os carros com porpoising eram mesmo agressivos, e era visivel o comportamento, para esses não deve exisatir preparação fisica que elimine os impactos na coluna.
Não tem insulto nenhum… Dizeres que alguém disse uma estupidez não é a mesma coisa que chamar estupido… Muita gente se julga qua alguma arrogância que sabe tudo e depois dizem estas asneiras….
Tens razão: o Hamilton no fim dessa corrida parecia um “saco de pancada”…
O Gasly aparentemente deve ter ficado pior, para ir ao hospital.
Mas o Gasly não é assim tão “importante”.😉