F1, Kick Sauber: a única equipa que continua a ‘zeros’, mas as paragens nas boxes “foram as mais rápidas da época”

Este foi mais um fim de semana a zeros para a Kick Sauber, com ambos os carros a começarem muito abaixo na ordem. Valtteri Bottas foi o primeiro a tentar algo diferente, rumando às boxes após o reinício para receber borrachas novas. Embora tenha efetuado algumas ultrapassagens, não conseguiu avançar muito na ordem. Quanto a Guany Zhou, foi para as boxes mais tarde para usar pneus macios e tentar a volta mais rápida, num dia em que a equipa sabia que os pontos estariam ainda mais fora de alcance.

Valtteri Bottas, foi 13º: “Passei a maior parte da corrida preso num comboio, o que definitivamente não foi muito divertido – quando muito, foi bastante lento. Toda a gente sabe como é difícil ultrapassar por aqui – tentámos aproveitar algumas oportunidades ao começar com o composto mais duro, mas não tivemos sorte por causa da bandeira vermelha, enquanto todos os que estavam com um pneu mais macio beneficiaram com isso.

Ainda assim, fiz uma corrida limpa apesar de tudo, ambas as partidas foram decentes e consegui recuperar alguns lugares – no geral, o nosso ritmo foi bom com ar limpo. Claro que a qualificação é decisiva aqui, e ontem tivemos dificuldades, com falta de ritmo numa volta; normalmente, no entanto, o Mónaco é um caso isolado, e ainda aprendemos muito com este fim de semana, o que será útil quando nos prepararmos para voltar a correr em Montreal, dentro de duas semanas.”

Quanto a Guany Zhou: “Foi uma tarde muito calma e sem incidentes para mim. Na primeira partida, vi o acidente com o Pérez, o Magnussen e o Hülkenberg mesmo à minha frente: foi um momento complicado e estou contente por vê-los todos a sair ilesos do acidente.

Depois do recomeço, toda a gente foi até ao fim e estávamos todos no mesmo barco, por isso não podíamos fazer nada. O Fernando estava a atrasar todo o pelotão para criar uma brecha para o seu colega de equipa, o que significava que estávamos todos num comboio sem qualquer possibilidade de ultrapassagem.

Talvez a corrida tivesse sido um pouco mais interessante sem a bandeira vermelha, com estratégias diferentes, mas não foi o caso. O Mónaco sempre foi um pouco complicado para nós, temos de perceber porque sofremos em traçados como este. Temos trabalho pela frente, mas sabemos que Montreal vai ser diferente.”

Segundo Alessandro Alunni Bravi: “foi uma corrida de procissão com uma bandeira vermelha após a primeira volta, em que todos os pilotos, exceto Sargeant, decidiram mudar os pneus – o que acabou por resultar em não serem esperadas mais paragens nas boxes.

Tentámos dar o nosso melhor para permitir que os nossos pilotos atacassem os carros da frente, mas numa pista como o Mónaco, onde as possibilidades de ultrapassagem são quase nulas, as posições da maior parte do pelotão estavam fechadas.

Tentámos uma estratégia diferente com o Valtteri, que fez uma corrida agressiva, ao fazermos a troca de pneus médios por pneus duros na 15ª volta, o que lhe permitiu manter um ritmo forte e ultrapassar o Sargeant para garantir o P13 – o máximo de hoje.

O Zhou teve uma corrida mais difícil: ficou preso atrás do Sargeant até que decidimos que ele trocasse de posição com o Valtteri. Durante o último segmento da corrida, perdeu a sua posição para o Williams sob bandeiras azuis, antes de o colocarmos no composto macio para o caso de um Safety Car tardio que não aconteceu.

Uma nota positiva: as nossas três paragens nas boxes de hoje foram as mais rápidas de toda a época até agora. Foram rápidas e consistentes – algo importante, pois mostra que podemos reagir e melhorar. O nosso objetivo mais importante para as próximas corridas é melhorar em todas as áreas para voltarmos à luta pelos pontos.”

FOTO Phillipe Nanchino/MPSA