F1 GP Miami: Alpine reage às palavras do seu CEO

Por a 8 Maio 2023 16:16

Finalmente, a Alpine concretizou o seu potencial, vencendo a luta pela primazia no Segundo Pelotão no Grande Prémio de Miami e respondendo às críticas que vinham de dentro.

Depois dos desaires dos dois últimos Grandes Prémios – da Austrália e do Azerbaijão – a equipa do construtor francês tinha de dar uma resposta, até porque Laurent Rossi, o CEO da marca, numa entrevista dada ao canal francês ‘Canal +’ mostrava-se muito agastado, criticando duramente a estrutura sediada em Enstone. “Não gostei dos primeiros Grandes Prémios porque havia muito, lamento dizê-lo, amadorismo. Isso levou a um resultado que não é bom, medíocre, mau. E depois, a última corrida, em Baku, foi demasiado parecida com a do Bahrein e isso não é aceitável. Temos o direito de cometer erros, é um princípio básico, mas temos de aprender com os erros”, afirmou o gaulês.

O evento de Baku foi um desastre para a Alpine com problemas desde o primeiro momento que impediram que a equipa pudesse avaliar correctamente o novo pacote técnico estreado na pista azeri.

Miami, um evento clássico (sem corrida sprint), seria a primeira oportunidade para que a formação da marca de Dieppe confirmasse em pista os dados que se tinham verificado nas ferramentas de simulação e, desde os treinos-livres de sexta-feira, que as prestações de Esteban Ocon e Pierre Gasly davam boas indicações, rodando sempre entre os primeiros dez.

Curiosamente, a grande rival da Alpine, a McLaren, passava por dificuldades, não conseguindo encontrar uma solução afinar o seu carro convenientemente.

Na qualificação, os pilotos da formação de Enstone confirmavam as expectativas geradas e Gasly conseguia o quinto crono e Ocon o oitavo, havendo, contudo, um certo amargo de boca nas hostes da equipa.

Num dia em que os Mercedes passavam por dificuldades, Lance Stroll não passava da Q1 e Max Verstappen e Charles Leclerc erravam, o novo recruta via-se batido, surpreendentemente, pelo Haas de Kevin Magnussen, que assim oferecia à formação americana o seu melhor resultado em qualificação da sua história.

Com a sua grande rival no fundo da grelha de partida, os homens da Alpine não esperavam ser batidos pelo dinamarquês, perdendo um lugar na segunda linha.

Mas ainda assim, um bom resultado estava no horizonte dos pilotos da formação de Enstone, ainda que fosse esperada, pelo menos, as recuperações de Verstappen e Leclerc.

A Alpine não deixou nada ao acaso e partiu para a corrida de domingo, de cinquenta e sete voltas, com estratégias opostas para os seus pilotos – Gasly montou pneus médios para o arranque, ao passo que Ocon escolheu duros, num cenário em que se esperava apenas uma estratégia de uma paragem.

O novo recruta da equipa arrancou bem, subindo a quinto, ao passo que o seu colega equipa perdia dois lugares. Gasly chegou mesmo a manter-se perto de Carlos Sainz, conseguindo acompanhar o ritmo do piloto da Ferrari.

Como seria de esperar, o piloto de Rouen perdeu um lugar para Max Verstappen, mas talvez não pretendesse ceder uma posição para George Russell, que também subiu uma posição à custa do francês. Porém, a sua corrida tinha como adversários Leclerc e Hamilton, que arrancara de décimo terceiro.

No etnanto, na segunda parte da corrida Gasly teve de levantar bastante o pé.

Num circuito em que o Safety-Car pode ser chamado com alguma frequência, devido a barreiras de segurança próximas da pista, como qualquer outra equipa, a Alpine colocou nos seus carros gasolina a contar com neutralizações da prova.

Porém, não houve qualquer situação de Safety-Car ou Safety-Car Virtual, obrigando o seu piloto a reduzir o andamento de modo a poder chegar ao fim da corrida.

Isto permitiu a aproximação de Leclerc e Hamilton, que ultrapassaram o Alpine número dez a quatro voltas da bandeira de xadrez.

Ocon, por seu turno, realizou um longo primeiro ‘stint’, parou apenas na trigésima nona volta, caindo para décimo segundo, o que o obrigava a realizar uma ponta final ao ataque.

O francês num ritmo muito forte, chegou a acompanhar Hamilton, mas não tinha voltas suficientes para ir para além do nono posto não muito distante do seu colega de equipa.

No final, um oitavo e um nono lugares não era um resultado fantástico, mas mostrou que a Alpine pode executar bem uma corrida, ao contrário do que se passou na maior parte das provas deste ano, ainda por cima num dia em que a sua rival pelo quinto lugar no Campeonato de Construtores, a McLaren, não marcava qualquer ponto.

Os homens de Enstone respondiam assim às duras palavras de Rossi, mas precisa ainda de mostrar uma consistência que esta temporada não evidenciou e, para além disso, necessita revelar-se uma ameaça para as três equipas que estão à frente da Red Bull…

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1 Comentário
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Vagueante
Vagueante
11 meses atrás

A resposta ao CEO, não foi asim tão boa… não tivemos gasolina para andar mais porque apostamos no ovo no c.. da galinha… o amadorismos ainda por lá anda, seria o pensamento do CEO.

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