F1: Ferrari quer limite orçamental racional

Por a 9 Abril 2020 10:45

A Ferrari é uma peça fundamental na engrenagem da F1, com um peso tremendo. Mattia Binotto avisou para possíveis reduções drásticas do limite orçamental.

É a equipa mais antiga do grid, aquela que está presente desde o início da história da F1, aquela que terá talvez o maior número de fãs. A Ferrari tem um peso inquestionável na história do desporto, mas também nas decisões que se tomam. Basta ver por exemplo as declarações quase inacreditáveis de Jean Todt, que afirmou estar de mão atadas no caso da unidade motriz da Ferrari. O chefe máximo do organismo que regula todo o desporto automóvel mundial ficou de mãos atadas por causa de um acordo feito com a Scuderia… este exemplo chega para entender a força da marca.

Mattia Binotto falou à Sky Sports e mostrou que a Scuderia está disponível para ter mais corridas num menor espaço de tempo, e que confia na Liberty nas medidas que irão ser tomadas:

“Sabemos pelas regras desportivas que para ter um campeonato mundial precisamos de pelo menos oito corridas, mas todos estão a tentar mais do que isso”, disse o diretor da Ferrari. “Acho que o que será importante para nós é ser flexíveis.”

“Tenho certeza de que o Chase [Carey, presidente da F1] e as equipas serão capazes de montar o melhor campeonato que pudermos. Do nosso lado, estamos prontos para o que for necessário. É importante ser flexível e garantir que possamos ter boas corridas também para os fãs”.

Binotto, no entanto, admitiu que ainda não está claro quando a F1 voltará – embora ele esteja esperançoso em começar no início de julho.

“Acho que é muito difícil responder [quando a temporada começará]. Ninguém pode realmente saber disso. A F1 certamente está a tentar organizar a melhor temporada, talvez começando no início de julho, se isso for possível, mas não podemos ter nenhuma confirmação no momento. Mas acho que até o final de maio teremos uma imagem mais clara.”

“Acho que é do interesse de todos começar a correr quando pudermos, quando isso for possível e ter o máximo de corridas possível, mas acho que agora é muito cedo para ter uma imagem clara do que será o futuro.”

Se a cooperação da Ferrari parece ser inquestionável até aqui, o problema surge na questão do limite orçamental. A McLaren lidera uma iniciativa para baixar ainda mais o limite orçamental que passou a ser de 150 milhões de dólares quando estava inicialmente previsto ser de 175 milhões. Zak Brown considera que é fundamental baixar ainda mais os custos, ou a F1 corre o risco de perder equipas.

Já a Ferrari não quer que o limite orçamental seja reduzido de forma drástica e que tal deve ser feito de forma racional:

“Certamente é uma preocupação”, disse Binotto sobre a F1 e as finanças das equipas. “Estamos plenamente conscientes das dificuldades de algumas equipas e temos plena consciência de que precisamos lidar com os custos para o futuro da F1 – a redução de custos é o primeiro fator a garantir que cada equipa sobreviva.”

“Estamos a discutir uma redução do limite de orçamento, mas não devemos esquecer, ao fazer esse exercício, que temos estruturas diferentes e ativos diferentes. Existem equipas construtoras como a Ferrari e outras equipas principais que projetam, desenvolvem, homologam e produzem cada componente dos carros.”

“Outras equipas são clientes, compram algumas peças e não possuem as mesmas estruturas. Portanto, ao discutir um limite de orçamento, não devemos esquecer que temos situações diferentes, e é importante que encontremos um terreno comum adequado às diferentes situações e talvez a resposta não é um único limite de orçamento igual para todas as equipas “.

Binotto explicou que houve reuniões muito “construtivas e positivas” com relação aos custos, mas “ainda existem realidades necessárias para tomar as decisões corretas” – e instou o esporte a ser racional.

Ele continuou: “Acho que devemos evitar ser emocionais no momento.

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driver-on-track
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4 anos atrás

Sr. Fábio muito , mas muito antes de o Senhor ter nascido , já a Scuderia existia e ganhava corridas.. sabemos que isso criou muita dor… e inveja… daí o seu fel constante contra esta equipa mas deixe lá se tiver a sorte de viver 100 anos talvez veja as suas queridas equipas anglo-saxónicas a se aproximarem …. por muito que lhe custe a si a todo um exercito de detractores a Ferrari é a F-1.. o resto é apenas treta para entreter os papalvos… aproveite este tempo de reclusão para ler e se informar devidamente sobre o que é… Ler mais »

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