F1 2023, Análise aos pilotos: Fernando Alonso/Lance Stroll

Por a 7 Dezembro 2023 19:41

A Aston Martin foi um dos destaques da temporada tendo surpreendido a concorrência, alcançando de forma consecutiva pódios na fase inicial do calendário, numa fase em que Fernando Alonso brilhava e Lance Stroll recuperava de uma lesão sofrida pouco antes de se iniciar a época. 

A Aston Martin aposta bastante em conseguir juntar-se à luta pelas vitórias em corridas e até em títulos, com forte foco na reorganização da empresa, novas infraestruturas e até um novo fornecedor de unidades motrizes para 2026, rompendo com a ligação à Mercedes. É um projeto a médio/longo prazo, mas a equipa de Silverstone comprovou ser capaz de produzir um bom carro de um ano para o outro. Entrou forte em 2023, quase como uma amostra daquilo que poderão fazer quanto estiverem em condições semelhantes às grandes equipas do paddock. Obviamente, um esforço tão grande no inverno, limitou a forma como poderiam desenvolver o AMR23 durante a temporada, com uma capacidade menor do que Mercedes, Ferrari e até McLaren, que ao contrário da equipa de Lawrence Stroll entrou na temporada aos solavancos e com pouco ritmo. Esse foi o calcanhar de Aquiles da Aston Martin, as suas atualizações não funcionaram tão bem e tiveram que, em parte, reverter para uma configuração anterior. 

Fernando Alonso esteve ao seu mais alto nível, relegando para segundo plano as críticas pela mudança repentina de equipa. A aposta foi de sucesso e o experiente piloto espanhol viveu a sua “melhor temporada desde 2012”, como acabou por descrever o que sentiu este ano. Muito se falou, a certa altura, da possibilidade da 33ª vitória na Fórmula 1, mas tal acabou por não se concretizar. Ainda assim, e mesmo com um carro que foi ficando para trás na ordem de forças do pelotão, Alonso só não pontuou por três vezes este ano: Singapura, EUA e México. 

Lance Stroll começou a temporada  ainda com algumas limitações físicas resultantes da lesão sofrida antes dos testes no Bahrein e não conseguiu aproveitar o bom desempenho do carro que tinha à disposição na fase inicial do calendário. Envolvido em alguns episódios menos felizes, como aconteceu com o empurrão a um elemento da equipa no Catar, o piloto canadiano teve, na maioria das vezes, melhor desempenho em corrida do que em qualificação, espelhando também o ponto forte do carro. 

É difícil ser companheiro de Alonso, principalmente quando o piloto espanhol volta a uma forma como a deste ano, mas Stroll recebeu sempre o apoio do seu companheiro de equipa. Teve mais abandonos em corrida do que Alonso, mas teve bons desempenhos, principalmente, em São Paulo e Las Vegas. Curiosamente, foi na confusa corrida da Austrália que alcançou o seu melhor resultado da temporada, terminando no quarto posto da classificação.

Nota AS

Fernando Alonso, nota 9

Lance Stroll, nota 7

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