Ferrari de regresso a Le Mans

Por a 24 Fevereiro 2021 16:18

Afinal, a Ferrari vai mesmo regressar a Le Mans, comprometendo-se hoje com um programa oficial de fábrica em Le Mans, no que é o primeiro passo para um possível regresso ao lugar mais alto do pódio das 24 Horas de Le Mans em quase seis décadas, já que o último triunfo dos carros do Cavallino Rampante foi em 1965. A Ferrari vai desenvolver um LMH para correr na classe Hypercar do Mundial de Endurance a partir de 2023: “Em mais de 70 anos de corridas trouxemos os nossos carros com rodas cobertas para triunfar em pistas de todo o mundo, experimentando soluções tecnológicas de ponta: inovações que vêm dos circuitos e fazem com que cada carro de estrada produzido em Maranello”, disse o presidente da Ferrari, John Elkann.

A marca italiana volta assim à classe superior do Mundial de Endurance pela primeira vez desde 1973, e será mais um grande fabricante a confirmar a sua participação na nova categoria Hypercar, juntando-se à Toyota, Peugeot, Scuderia Cameron Glickenhaus e ByKolles no desenvolvimento de um LMH. Audi, Porsche e Acura confirmaram os programas da LMDh, até agora.

Com a implementação do teto orçamental na Fórmula 1 este ano, firmado nos 145 milhões de dólares, Mattia Binotto apontou que a marca de Maranello poderia regressar a curto trecho à luta pela vitória na clássica francesa ou ingressar pela primeira vez oficialmente na IndyCar, com o intuito de vencer as 500 Milhas de Indianápolis.

A competição norte-americana acabou por ser colocada de lado, dado a Ferrari não poder construir o seu próprio chassis, uma situação que para o construtor transalpino é uma condição inegociável, restando o regresso a Le Mans na classe máxima da prova como opção.

Pela mesma ordem de ideias, um LMDh para vencer a prova de La Sarthe seria igualmente uma solução que não agradará aos homens de Maranello, sendo a opção real um Hypercar, o que se confirma, e que terá agora de ser criado de raiz, uma vez que partir de um carro de estrada não garante a competitividade necessária.

Esta é uma solução mais cara e mais difícil de rentabilizar através de um programa de venda de carros a clientes, dado que estes serão bastante mais caros que os LMDh, opção tomada pela Porsche e pela Audi, tendo em mente a rentabilização da venda de protótipos a equipas privadas.

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seven
seven
3 anos atrás

Apesar de não ser propriamente fan da marca, não deixo porém de ser admirador.
Para quem como eu é adepto da resistência, esta é sem dúvida uma excelente notícia!
Duelos incríveis à vista entre Hypercars e LMDh… dentro de 2 anos.

Cágado1
3 anos atrás

Vão finalmente corrigir 50 anos depois a decisão que me fez deixar de ser fã incondicional da marca no início dos anos 70. Agora o meu coração está mais dividido, mas quem sabe se não será o regresso de uma paixão de infância.

Não me chateies
Não me chateies
3 anos atrás

Só acho mal que a ACO não tivesse estabelecido o target 3:20 – 3:25 por volta em Le Mans. Não tenho dúvidas que seria realista para estas marcas de topo.

Last edited 3 anos atrás by Não me chateies
garantia4
garantia4
3 anos atrás

Com um LMH. É a prova de que a “marca” Ferrari não existiria sem poder correr.

can-am
can-am
3 anos atrás

Uma noticia esperada há anos por muitos! Ao fim de 48 anos um regresso de um monstro destes vai certamente colocar o moribundo mundial de marcas com um seguro de ( boa) vida e saúde galáctico.
A Ferrari onde entra é para vencer e a resistência só tem a lucrar.
A Rainha regressa àquela que foi a sua casa até 1973.
Todos,Ferraristas ou não,só têm de estar gratos.

Last edited 3 anos atrás by Speedway
JP INAU
JP INAU
Reply to  can-am
3 anos atrás

Desde que a Ford entrou com o GT40, e depois a Porsche com 908, 917 e depois a Matra, a Ferrari nunca mais teve casa na resistência, nem foi rainha de coisa nenhuma.
Mas a Ferrari vir juntar-se aos melhores, são sempre boas noticias, nem que seja para mostrar mais uma vez que não é nada de especial.

garantia4
garantia4
Reply to  JP INAU
3 anos atrás

Uma pequena casa artesanal que produzia e vendia carros para financiar a sua presença nas competições, a sua razão de ser, derrotou o colosso Ford em Daytona. Tens noção da proporção quase bíblica do feito (David vs Golias)? Pergunta retórica.

Last edited 3 anos atrás by jo baue
can-am
can-am
Reply to  JP INAU
3 anos atrás

A Ferrari saiu em 73 quando começou a ser batida, primeiro pela Porsche e depois pela Matra-Simca, e viu que não tinha pernas para 2 campeonatos ao mesmo tempo : a F1 e os protótipos.O mundial de 73, um dos mais renhidos de sempre, foi uma luta total entre os franceses e os italianos.A Matra ganhou, mas a Ferrari também podia ter ganho.Foi uma questão de pormenores ou sorte.E em Le Mans foi a mesma coisa.Eles concentraram tudo a partir daí na F1 com os bons resultados que se conhecem. Foi uma decisão estratégica com mão da Fiat. Até ao… Ler mais »

Last edited 3 anos atrás by Speedway
831ABO
831ABO
3 anos atrás

Vou esperar com enorme ansiedade. Além de ser uma grande notícia para os adeptos, é um garante de interesse e viabilidade para o WEC.

JP INAU
JP INAU
3 anos atrás

Não se estão a esquecer do 333SP pois não? Apesar de ter sido inscrito semi-oficialmente, não deixou de ser um projecto de fábrica.

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