Que futuro para o Desafio Único?

Criado em 2007 por iniciativa do professor José Ferreira Duarte e de um grupo de alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Challenge Desafio Único deverá sofrer algumas alterações importantes em 2016, existindo um acordo para que o troféu integre a Legends Cup nos Racing Weekends. Ferreira Duarte confirmou ao AutoSport que “existe um acordo entre nós, a FPAK, a Full Eventos e a ANPAK para que os carros do troféu partilhem as corridas com a Legends Cup, integrados na categoria para carros de troféus monomarca nacionais. É um acordo que nos permite manter toda a regulamentação técnica em vigor mas que passará a componente organizativa para a FPAK, mantendo-se a FEUP apenas num papel técnico, ou seja, sem intervenção na organização desportiva. Acreditamos que é a melhor solução para o futuro do troféu, já que nos dois últimos anos só conseguimos manter o Desafio Único com enormes sacrifícios”, apontou. Contudo, não é claro qual o número de concorrentes que prefere este formato.

Via alternativa

Há, isso sim, um grupo de proprietários de carros do Desafio Único – das duas categorias em vigor – que não concorda com essa opção. Esse grupo de pilotos, cujo porta-voz é João Miguel Baptista, reuniu em Braga para discutir as opções para prosseguir o troféu. A alternativa para este grupo é manter os carros do troféu numa competição independente, integrada nos fins-de-semana dos Single Seaters Series e Classic Super Stock, promovidos por Diogo Ferrão. “Este grupo de proprietários de viaturas quer manter o troféu nos mesmos moldes em que se disputou até agora”, referiu João Baptista. “Se calhar com um novo promotor, com custos ainda menores e com uma melhor comunicação e promoção. Aliás, com uma verdadeira comunicação e promoção. Nós temos de enaltecer o trabalho do professor Ferreira Duarte, que é uma pessoa com muito valor e que gostaríamos que estivesse connosco nesta nova vida do troféu. Há um grande parque automóvel nos Alfa Romeo e Fiat Punto e consideramos que não faz sentido estarmos misturados com uma categoria do CNV”, analisou o campeão de 2015.

Foto:  Nuno Organista