Renault questiona FIA sobre novos critérios para obtenção da Superlicença da F1

A Renault não ficou mesmo nada contente com a decisão da FIA em desvalorizar a Fórmula Renault 3.5 face a outras ‘concorrentes’ nos novos critérios adotados pela entidade máxima do desporto automóvel relativamente superlicença para ascender à F1. De acordo com as novas regras, a Fórmula Renault 3.5 vale, por exemplo, menos pontos do que a F3 Europeia, e também Fórmula Renault 2.0 surge abaixo da F4. Para não ir mais longe, basta referir que foi das World Series by Renault que surgiram nomes como Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, Félix da Costa esteve também às portas da F1 depois de uma passagem pela FR 3,5 e já este ano o campeão da competição, Carlos Sainz Jr., rumou à Toro Rosso.

Nota-se claramente uma sobrevalorização dos campeonatos FIA, como a GP2, GP3, F3, F4, desvalorizando outras competições, que não têm sido menores fornecedoras de bons pilotos à F1, e no ar fica a ideia que a FIA pretende, desta forma, dar uma vantagem artificial às suas competições. Para Jean-Paul Driot, responsável máximo da DAMS, a equipa campeã da World Series em 2014: “Tem que haver uma discussão objetiva entre os promotores dos campeonatos, para se chegar a um consenso sobre quem faz mais na escalada até a F1. Temos que nos sentar e encontrar uma solução para esta situação”, concluiu.

Basicamente, a FIA teve uma boa ideia, mas aplicou-a duma forma desastrada, pois a distribuição de pontos de ‘importância’ deve refletir o verdadeiro significado de cada competição e não é isso que está a acontecer. Dar à Formula 3 mais importância que às World Series by Renault, FR 3,5 e à japonesa Superformula são erros crassos. Para não ir mais longe, duma forma simplista, basta perceber que os monolugares da F3 têm 225 cv, os das World Series 480 cv, os Superformula mais de 550 cv, a AutoGP Series, 550 cv, enquanto a GP2 e GP3 têm 600 cv e 300 cv respetivamente. Posto isto, como é possível a F3 valer mais que as FR 3,5 ou a Superformula?