IMSA/WATKINS GLEN: FINALMENTE… MAZDA
Cinco anos… cinco anos de esforço, investimento e resiliência dera finalmente fruto com uma vitória brilhante nas 6 Horas de Watkins Glen onde os Mazda DPI estiveram irrepreensíveis e a deusa a sorte decidiu soprar na direção da equipa Joest, com uma “dobradinha” merecida. Albuquerque, Barbosa, desta feita com Mike Conway a ajudar, não tiveram “pólvora” suficiente para a guerra da vitória e chegaram apenas em sexto.
“É o nosso dia!!” Os gritos de alegria e esta singela frase traduzem o que ia na alma de John Doonan, o responsável pela competição na Mazda, logo depois dos dois RT-24P colocados em pista pela Joest Racing, terem visto a bandeira de xadrez no final das 6 Horas de Watkins Glen no primeiro e segundo lugares. Muita água passou pelas pontes, muitos quilómetros, muitas desilusões, muita resiliência, deram corpo a este brilhante resultado, a primeira vitória do Mazda Team Joest no campeonato IMSA. A honra deste primeiro triunfo dos carros vermelhos coube à tripla Jonathan Bomarito, Harry Tincknell e Olivier Pla, no carro nº55, na frente dos seus companheiros de equipa Oliver Jarvis, Tristan Nunez e Timo Bernhard. Uma “dobradinha” muito saborosa depois de uma exibição sem falhas e plena de qualidade, saindo da “pole position” e dando clara evidência que o RT-24P está maduro e pronto para mais vitórias.
Não espanta, por isso, que nas boxes da Mazda Team Joest reinasse a confusão, com gritos, lágrimas, abraços, enfim, soltar as emoções presas ao longo de seis excruciantes anos, onde o Team Joest e a Mazda trabalharam muito, sofreram muito, conheceram o bafo da má sorte em várias ocasiões e estiveram perto de vencer em outras tantas. Finalmente tudo se conjugou para um resultado final fantástico, deixando toda a concorrência bem longe. Ainda assim, não foi nada fácil a vitória, pois na última hora, graças a uma estratégia diferente de todos os outros, o líder era Juan Pablo Montoya, ao volante do Acura DPI do Team Penske.
Foram minutos de intensa ação no final da corrida de seis horas, com Harry Tincknell a dar um recital de condução na pressão ao colombiano e na busca de uma aberta para a ultrapassagem. Montoya foi-se defendendo até que o britânico da Mazda se encheu de brio e passou pelo Acura de uma forma assertiva, oferecendo á Mazda a liderança da corrida que iria converter, pouco depois, na primeira vitória da marca japonesa.
Pouco minutos depois, Montoya teve um “deja vu” com o outro Mazda de Oliver Jarvis, que se desembaraçou do colombiano mais depressa que Tincknell.
“Tinha de o ultrapassar” dizia um felicíssimo Harry Tincknell, “mas foi complicado e não queria cometer um erro. Tentei uma vez por fora e acabamos ainda por tocar roda com roda, tendo-me empurrado para fora, por isso sabia que tinha de ser algo ousado para o conseguir passar. Foi o que fiz, os dois carros voltaram a tocar-se, mas sai na frente sem problemas de maior.”
Mas o drama ainda não tinha acabado e a deusa da sorte parecia que iria voltar as costas, uma vez mais, à Mazda. A 20 minutos do final da corrida, a cobertura de um dos flancos do carro de Tincknell começou a soltar-se, acabando por se partir e alojar no flanco, prejudicando de forma sensível a aerodinâmica do carro. Oliver Jarvis ainda se aproximou, mas ficou atrás do seu colega de equipa e a Mazda venceu sem apelo nem agravo.
No campo da Cadillac, o “balance of performance” continua a arrastar os DPI da casa americana pelas pistas e apesar de terem sido os melhores da Cadillac, João Barbosa e Filipe Albuquerque estiveram longe do protagonismo da corrida, fechando as seis horas de prova, onde tiveram a companhia do experiente e rápido Mike Conway, num pálido sexto lugar a duas voltas do vencedor. “Termos sido o melhor Cadillac em termos de andamento puro foi a melhor coisa da prova” referiu no final Filipe Albuquerque, lembrando que “não foi o nosso dia. Tivemos um toque com o nosso colega de equipa, depois deste ter um furo e anda passamos pela gravilha, depois foram as bandeiras amarelas, jogamos nas boxes com isso e acabamos prejudicados, enfim, nada correu bem.” Para o português, “não havia nada a fazer e agora é esperar que na próxima corrida tudo esteja mais equilibrado e que seja possível impor-nos.”
Na categoria LMP2, a vitória foi para o Oreca de Matt McMurray, Gabriel Aubry e Eric Lux, entre os GTLM o melhor foi o Porsche 911 RSR dos, agora, líderes do campeonato, Patrick Pillet e Nick Tamdy, enquanto na categoria GTD, a vitória foi para o Acura NSX GT3 de Mario Fernbacher, Tret Hindman e Justin Marks.
A próxima prova do campeonato IMSA é realiza-se nos dias 5 a 7 de junho no circuito canadiano Canadian Tire Motorsport Park.
(Classificações)
6 Horas de Watkins Glen
1º Jonathan Bomarito/Harry Tincknell/Olivier Pla Mazda DPi 211 voltas em 6h00m07,332s
2º Oliver Jarvis/Tristan Nunez/Timo Bernhard Mazda DPi a 0,353s
3º Juan Pablo Montoya/Dane Cameron Acura DPi a 11,783s
4º Rangr van der Zande/Jordan Taylor Acura DPI a 24,837s
5º Ricky Taylor/HellioM Castroneves Acura DPI a 38,364s
6º João Barbosa/Filipe Albuquerque/Mike Conway Cadillac DPI a 2 voltas
7º Felipe Nasr/Eric Curran/Pipo Derani Cadillac DPI a 3 voltas
8º Will Owen/Rene Binder Cadillac DPI a 5 voltas
9º Simon Trummer/Stephen Simpson/Chris Miller a 7 voltas
10º Matt McMurray/Gabriel Aubry/Eric Lux Oreca LMP2 a 10 voltas (1º LMP2)
(…)
12º Patrick Pillet/Nick Tandy Porsche 911 RSR a 16 voltas (1º GTLM)
(…)
18º Mario Farnbacher/Trendt Hindman/Justin Marks Acura NSX GT3 a 23 voltas (1º GTD)
Classificadas 34 equipas
Campeonato
1º Dane Cameron/Juan Pablo Montoya 177 pts
2º Flipe Nasr/Pipo Derani 176 pts
3º Ricky Taylor/Helio Castro Neves 172 pts
4º Renger vender Zande/Jordan Taylor 163 pts
5º João Barbosa/Filipe Albuquerque 162 pts
LMP2
1º Kylke Masson/Cameron Cassels 131 pts
2º Matt McMurray 130 pts
3º Gabriel Aubry 95 pts
GTLM
1º Nick Tandy/Patrick Pillet 152 pts
2º Earl Bamber/Laurens Vanthoor 151 pts
3º Jan Magnussen/António Garcia 151 pts
GTD
1º Trent Hindman/Mario Farnbacher 119 pts
2º Jack Hawksworth/Richard Heistand 103 pts
3º Frank Montecalvo/Towsend Bell 102 pts
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