«Se não regressar ao WRC este ano encerro esse capítulo»

Se dúvidas existissem sobre as capacidades de pilotagem de Colin McRae, os primeiros 60 quilómetros foram mais que suficientes para as dissipar. Aos comandos de uma Nissan Navara preparada pela Overdrive, equipa do belga Grégoire de Mévius, o mais jovem Campeão do Mundo de Ralis – tinha 25 anos quando venceu em 1995 – chegou a possuir 30s de vantagem para… Carlos Sainz!

Infelizmente, um problema de travões forçou o escocês ao abandono (se é que assim se pode dizer quanto vigora o “Super Rally”) cerca de 20 quilómetros à frente, regressando na etapa seguinte em grande estilo, sendo o único privado a dar luta aos oficiais até final, chegando a ganhar um Sector e a ser segundo em dois. «É sempre bom voltar à competição e foi em Portugal que obtive a minha primeira vitória nesta disciplina, na Baja Portalegre de 2004. Por isso, diverti-me bastante», explicou.

Não pondo de parte um regresso aos ralis, Colin McRae contou com a presença do pai Jimmy e irmão Alistair durante a Super Especial, confessando que o Todo-o-Terreno é um meio em que se sente à vontade. «Estou em negociações com algumas equipas do WRC para fazer algumas provas, mas se nada de concreto, e oficial, acontecer até ao final do ano dou por encerrado este capítulo. Quanto ao TT, e ao Dakar, claro que gostava de voltar, mas apenas inserido numa equipa oficial, pois de outra forma não faria sentido», confessou. Fica um pormenor: Grégoire de Mévius, chefe do Overdrive Team, teve que mandar vir novos travões da África do Sul… «porque o Colin não poupa o carro a qualquer esforço. Só assim se explica andar ao nível dos Volkswagen e Mitsubishi», analisou o belga.