Ricardo Leal dos Santos: “Ver os rios a subir e o caos a instalar-se em muitas zonas do percurso obrigou-nos a cautelas redobradas”

A entrada do Dakar 2015 na Bolívia foi penosa para a equipa BAMP (Brasil Angola Moçambique Portugal), forçada a partir para a sétima etapa quase na cauda da caravana, depois das peripécias vividas na etapa anterior. Apesar das dificuldades, e foram muitas, que a dupla Ricardo Leal dos Santos e Carlos Du Sachs passou ao longo dos 321 quilómetros de setor seletivo, o certo é que a equipa partiu da posição 78 e apenas 43 carros chegaram à sua frente, o que permitiu à formação nº 360 averbar o 39º tempo na etapa e subir duas posições na classificação geral.

Aos comandos de uma Nissan Navara o par luso-brasileiro teve de enfrentar, para além das já esperadas dificuldades de uma etapa toda ela disputada a mais de 37000 metro de altitude, uma fortíssima tempestade que se iniciou quando a equipa estava prestes a arrancar.

“O que estamos a ver aqui em Uyuni onde terminou a etapa é caricato. A maioria dos carros limpos ou, como é habitual, com pó; e o nosso, mais uns quantos que vão chegando, completamente enlameados. A tempestade, típica desta região, começou mesmo quando estávamos a entrar para o troço e era ver os rios a subir e o caos a instalar-se em muitas zonas do percurso o que nos obrigou a cautelas redobradas mas também a perder seguramente muito tempo para quem fez a pista limpa à nossa frente. Foi muito difícil mas já sabíamos que partir atrás é sempre complicado. Agora como estamos em etapa maratona temos de ser nós os dois a tratar do carro que felizmente não está a necessitar de nenhuma reparação complicada “, salientou Ricardo Leal dos Santos.

Amanhã os concorrentes regressam a Iquique no Chile, através de uma longuíssima especial de 748 quilómetros, quase todos disputados acima dos 4000 metros de altitude.